Lamego, 03 abr 2015 (Ecclesia) – O bispo de Lamego explicou que o lava-pés é a “verdadeira ordenação sacerdotal” dos discípulos de Jesus porque “é dando a vida” que se recebe em “abundância”, esta quinta-feira, na Missa da Ceia do Senhor.
“Anunciar a morte do Senhor não é, todavia, entristecer-nos, chorar ou vestir de luto. Não é esta a vocação cristã. É preciso compreender que anunciar a morte do Senhor é anunciar a dádiva da vida por amor, para sempre e para todos”, disse D. António Couto.
Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado destacou que “ter parte com” Cristo é participar no “supremo serviço de amor” até dar a vida para a receber em “abundância, a transbordar”.
Neste contexto, revelou que o lava-pés “não é um simples gesto de humildade” de Jesus mas a “verdadeira ordenação sacerdotal dos discípulos de Jesus”.
“Os discípulos de Jesus têm de saber que é dando a vida por amor, para sempre e para todos, que se recebe a vida em abundância”, observou.
Na homilia da Missa da Ceia do Senhor, o bispo da Diocese de Lamego explicou que Jesus realizou a “Ceia Primeira e não Última” porque hoje continua-se à mesa.
“O que é este Altar; a celebrar esta Ceia, o que é este Pão e este Vinho?”, perguntou D. António Couto.
Aos fiéis explicou também que “não é tanto o que se faz que interessa” mas muito mais o “como se faz”, da passagem de São João (13,15).
“O segredo é dar a vida por amor, para sempre, para todos. Jesus é o único Mestre que ensina a Viver desta maneira”, acrescentou o prelado biblista que, desta forma, considera que fica bem presente o “significado” da instituição da Eucaristia, do sacerdócio e da caridade.
CB
