D. António Moiteiro Ramos exortou à alegria e à esperança na Missa Crismal
Aveiro, 24 mar 2016 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro afirmou hoje que seguir Jesus não é fazer "uma corrida solitária" e pediu por isso uma diocese unida e um episcopado unido como "realização antecipada e nuclear" do projeto de "futura grande comunidade".
"É importante que o padre deixe de ser um solitário, para ser uma pessoa que se reúne com os irmãos presbíteros, que partilha com eles a sua própria vida, bens, projetos e trabalhos, para fazer face aos múltiplos desafios", sublinhou D. António Moiteiro Ramos durante a celebração da Missa Crismal a que presidiu na Sé de Aveiro.
O prelado afirmou que a mensagem de hoje "converte-se em esperança para os que sofrem".
"À semelhança de Jesus, que recebe o Espírito para uma missão entre os pobres e oprimidos pelas mais variadas formas de escravidão, também nós recebemos o Espírito para uma missão de consolação, de acordo com a pedagogia de Deus e a sua misericórdia para com os pobres, todos os que sofrem".
D. António Moiteiro Ramos sublinhou que a forma como os sacerdotes vivem e o que representam "não é indiferente".
"Sem uma profunda intimidade com o Senhor, não há seguimento autêntico".
O bispo de Aveiro relembrou o exemplo de Maria, uma mulher cuja vida simples "suportou dificuldades e tribulações".
"O nascimento do Filho num estábulo de animais; a fuga para o Egito, onde fez a experiência do refugiado em terra estrangeira; a procura do filho perdido em Jerusalém; a incompreensão no modo de atuar de Jesus na vida pública e, por último, o estar de pé junto da cruz. Ela não só antecipa, no Magnificat, as bem-aventuranças prometidas aos pobres, aos que choram e aos perseguidos, como também as experimenta na sua própria vida".
O prelado exortou à "alegria" e "esperança" num dia de "forte comunhão eclesial" e agradeceu a " sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos" as "provas de amizade" que recebeu ao longo de ano e meio de missão na Igreja de Aveiro.
LS