Semana Laudato Sí

Paulo Rocha, Agência Ecclesia

O pontificado do Papa Francisco tem a marca do cuidado da casa comum. Há oito anos, a publicação da encíclica Laudato Sí confirmou-o, não só enquanto um propósito pessoal do Papa, mas sobretudo como um programa da e para a Igreja Católica, na convicção de que cuidar a criação é o primeiro tributo que se pode render ao Criador.

Se já era um tema a que o Papa recorrentemente mostrava estar ligado, a publicação da encíclica Laudato Sí assinalou o começo de um programa que tem sido implementado sem deixar margens para dúvidas da sua urgência, não permitindo que outros projetos que são abraçados pela Igreja Católica, igualmente globais, o remetam ao esquecimento.

Com a publicação da encíclica, as iniciativas católicas relacionadas com a ecologia e a proteção do meio ambiente deixaram-se revestir pela força da marca LS (Laudato Sí), de que é exemplo maior a mudança de nome do Movimento Católico Global pelo Clima para Movimento Laudato Sí. A ele estão ligadas uma série de iniciativas, como os Animadores LS, a Semana LS, os Círculos LS, a Geração LS, os Retiros LS. Ganha também particular relevância a Plataforma de Acção Laudato Sí onde é possível monotorizar compromissos pessoais e institucionais que, em cada dia, cumpram o dever comum de cuidar da nossa casa.

No calendário anual, a Semana Laudato Sí assinala o aniversário da publicação da encíclica do Papa Francisco, a 24 de maio de 2015, e depois, no mês de setembro e até ao dia em que se celebra São Francisco de Assis, a 4 de outubro, as religiões são convidadas a viver o “Tempo da Criação”.

Ao olhar o calendário anual e sobretudo cartas de intenções ou de princípio, não e difícil encontrar dias, jornadas, projetos, programas que coloquem em destaque a urgência do cuidado da nossa terra. E estão sempre acompanhadas por essa ameaça que paira sobre a humanidade, sobre a espécie humana, caso não seja capaz de cuidar da casa para habitar. Se essa for a razão para que o planeta seja guardado, sem dúvida nenhuma que é bom. Melhor seria se o cuidado da casa comum resultasse do respeito e da não exploração da natureza, de todas as criaturas: respeito pela sua liberdade, pela sua vida, pela sua dignidade.

 

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