Nota pastoral de D. António Sousa Braga Eis-nos, mais uma vez, na Semana dos Seminários, que ocorre de 7 a 14 de Novembro p.f. Este ano, o início da Semana dos Seminários coincide com o Dia da Igreja Diocesana, que se vai celebrar excepcionalmente a 7 de Novembro, para comemorar os 470 anos da criação da Diocese de Angra (3 de Novembro de 1534). No contexto desta comemoração diocesana, a Semana dos Seminários assume todo o seu significado. «Comemorar» é fazer memória e, desta feita, do grande contributo que o Seminário Episcopal de Angra tem dado a esta Igreja Particular e, nela e por ela, ao povo açoriano. A Semana dos Seminários será, pois, um momento especial de acção de graças pelo dom das inúmeras vocações sacerdotais que o Senhor da Messe tem feito surgir no seio das nossas comunidades e bem assim ocasião propícia de invocação fervorosa e confiante, para que continue a enviar trabalhadores para a Sua Messe. No ano passado entraram no Seminário 7 candidatos; este ano, 8. Actualmente, os seminaristas são 22: 9 no Secundário e 13 no Sexénio Filosófico-Teológico. São 10 de S. Miguel, 4 da Terceira, 3 do Faial; 3 de S. Jorge e 2 do Pico. Temos de rezar pela sua perseverança e apoiar o Seminário, para que cumpra adequadamente a sua missão formadora. O Seminário é a «pupila dos olhos» de uma Diocese, que devemos acompanhar com toda a amizade e solidariedade espiritual e material. Nesse sentido, ao pedir a oração das comunidades cristãs pelo Seminário, ouso solicitar igualmente o seu apoio material para as obras em curso, que se tomaram inadiáveis, para combater a praga das térmitas e garantir a segurança do edifício, conforme recomendado pela vistoria, realizada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Assim, depois do apelo dirigido pelo Reitor aos sacerdotes para uma ajuda pessoal, peço agora que o ofertório das Missas do fim-de-semana de 13 e 14 de Novembro se destine a essas obras, orçamentadas em Euros 111.549, 40 (mais IVA). Como se sabe, é a Diocese, agora com o apoio imprescindível do Santuário do Senhor Santo Cristo, que suporta 60% do orçamento de funcionamento do Seminário, que cada ano ronda os 295.000 Euros. Os restantes 40% são cobertos pelas anuidades dos seminaristas e colectas paroquiais, pelas Fundações Pias e Missas de Binação. Na linha da renovação conciliar, hoje fala-se muito do progressivo envolvimento dos leigos baptizados na vida e na missão da Igreja. Mas este movimento laical não substitui os sacerdotes. Antes, postula um ministério sacerdotal tanto mais exigente, quanto maior for o empenhamento dos leigos. Cada baptizado tem o seu lugar na Igreja. Por vontade de Cristo, o ministério ordenado é insubstituível. Já que estamos no Ano Eucarístico, pensemos tão só na Eucaristia, sem a qual não há Igreja, como Cristo a pensou e fundou. Ora bem, para haver Eucaristia, são precisos sacerdotes. + António, Bispo de Angra
