Iniciativa da Igreja Católica em Portugal abordou questões ligadas à eutanásia e aborto, pedindo respeito por todas as vidas
Lisboa, 15 mai 2020 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal promoveu hoje, Dia Internacional da Família, uma vigília de oração, online, na qual evocou vítimas da violência doméstica e da pandemia
“Por todos os que são agredidos e violentados sem cessar, especialmente pelos que o sofrem dentro da sua própria casa, às mãos dos seus próprios familiares, para que não desfaleçam nem percam a consciência da sua dignidade e encontrem a compreensão e o apoio dos próximos e da sociedade” foi uma das propostas de oração apresentadas durante a recitação do Rosário, organizada pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF).
A iniciativa decorreu no contexto da Semana da Vida 2020, que se celebra até domingo; às famílias foi pedido que colocassem uma vela à janela, durante a vigília, acompanhando a oração do Rosário.
A celebração foi presidida por D. Armando Esteves, bispo auxiliar do Porto e vogal da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), para quem este é mais um momento que “ficará para a história”.
“Presentes estiveram as nossas fragilidades e as da humanidade inteira. A Deus, pedimos que elas sejam oportunidade de humanização e de globalização do espírito de família”, declarou.
O responsável deixou uma palavra de “conforto e esperança” aos doentes, a quem está só ou triste, aos que vivem na linha da frente do combate à pandemia, profissionais e voluntários “que arriscam a própria vida”.
“A todos, um abraço fraterno e de sincero reconhecimento”, acrescentou.
A recitação do terço contou com a colaboração de famílias das dioceses do Algarve, Angra, Bragança-Miranda e Portalegre-Castelo Branco.
No momento introdutório, os responsáveis do DNPF sublinharam que a pandemia levou todos a “tomar consciência aguda” da fragilidade de vida de cada um.
Os católicos rezaram por uma sociedade “de mal com a morte, que isola os idosos e desvaloriza os moribundos”, com críticas à eutanásia, sustentando que “a vida humana é inviolável e indisponível até ao fim”.
O Rosário concluiu-se com a ‘Oração pela Vida’, no contexto de cada família, onde a vida “nasce, cresce e se acompanha até ao fim”.
A intercessão dirigida à Virgem Maria pede por todas as crianças “a quem é impedido nascer” os “pobres para quem se torna difícil viver” e os “idosos e doentes assassinados pela indiferença ou por uma suposta compaixão”.
A Igreja Católica em Portugal assinala de 10 a 17 de maio a 27ª edição da Semana da Vida, este ano atenta às lições da pandemia de Covid-19.
OC