Para além das matérias leccionadas, os alunos e professores da Universidade Católica Portuguesa (UCP) “precisavam de se abrir a outro tipo de cultura que não se reduzisse à erudição das matérias, onde cada um é aprendiz ou mestre, mas que abrissem para o diálogo” – disse à Agência ECCLESIA o Conº. Carlos Azevedo, Vice-Reitor da UCP, em relação à I Semana Cultural da UCP, que decorreu naquele estabelecimento de ensino, de 16 a 22 de Março. Uma iniciativa que colocou em destaque “o diálogo cultural” porque este “é uma das formas de abrir as pessoas para o diálogo da civilização”. E adianta: “é um complemento educativo”. Durante os primeiros três dias, o balanço “foi positivo” tanto na inauguração das exposições como nos dias dedicados à música e ao teatro. Em relação às 5 exposições, que ficam mais três semanas patentes ao público, o Vice-Reitor da UCP referiu que “as obras de Irene Vilar «Modelar o Mistério» são aquelas que despertaram, maior afluência de público”. Uma exposição que contém 39 peças, sendo 17 medalhas e um catálogo com textos explicativos das obras e visitas guiadas. Explicações “da arte contemporânea que muitas vezes as pessoas têm dificuldade em compreender” – salientou. Apesar desta exposição, os potenciais visitantes poderão ver ainda as Serigrafias de Manuel Cargaleiro «Catedrais Góticas», que “tem um estilo muito próprio”; e as restantes estão relacionadas com trabalhos feitos por professores ou então alunos da referida Universidade. Trabalhos (Fotografia e Pintura) feitos “nos tempos livres pelos docentes e alunos”, que no dizer do Conº. Carlos Azevedo “a arte também os seduz”. O dia 17 de Março foi dedicado à música, na Sé de Lisboa, onde esteve presente o Grupo de Câmara do Porto e que “foi um concerto com muita unidade”. Um conjunto de peças “brilhantes” que “colocaram um rosto de felicidade nas pessoas”. Se as peças musicais tiveram uma boa adesão de público, a peças no palco (dia 18 de Março) também conquistaram os alunos porque “eles próprios tinham uma peça” que “alternaram com os grandes mestres, como o são Ruy de Carvalho e Carmen Dolores”. Um dia que contou com a presença de Diogo Freitas do Amaral, que foi entrevistado por dois alunos de Comunicação Social. Nessa entrevista, os assuntos estiveram sempre “relacionados com a cultura” e sobre “a figura dele como dramaturgo”. A escrita para Freitas do Amaral “é uma forma de comunicar aquilo que ele aprendeu nos bastidores da política” – finalizou o Conº. Carlos Azevedo. Por fim, o dia dedicado ao cinema, teve a presença de João Bénard da Costa, e no dia seguinte, no Chá das Cinco, Agustina Bessa Luís e Pedro Mexia conversam sobre Literatura.
