Iniciativa reuniu cerca de dois mil participantes

Lisboa, 22 dez 2025 (Ecclesia) – A Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz reuniu durante três dias cerca de dois mil “convidados”, que vivem na condição de sem-abrigo, que viveram “três dias felizes”
Paulo participou em todas as edições da Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, há 37 anos.
Com uma história que passou por mais de vinte anos a viver na rua, e após um AVC, há 28 anos, Paulo afirma que tem as pessoas que promovem a festa de Natal “no coração”.
“As pessoas são simpáticas. Estou muito grato desta festa existir, há 37 anos”, afirmou.
“Graças ao empenho dos convidados, especialmente dos nossos voluntários, temos conseguido fazer uma festa muito bonita, muito serena, com números ligeiramente superiores aos do ano passado em termos de convidados”, afirmou o presidente da Comunidade Vida e Paz (CVP), Horácio Félix.
A Festa de Natal da CVP 2025 teve “mais apoio a nível da saúde”, a colaboração da Faculdade de Medicina Dentária e da Fundação ESILOR, que “faz rastreio, consulta, e oferece os óculos às pessoas em situação de sem abrigo ou em situação de grande vulnerabilidade”.
Para a ministra da Saúde, que esteve presente na Festa de Natal da CVP, o trabalho com as pessoas em situação de sem-abrigo dá força e esperança.
São duas dimensões fundamentais da nossa humanidade para conseguirmos cumprir aquilo que são as missões com que nos comprometemos. É esse compromisso que renovamos aqui também todos os anos”, disse Ana Paula Martins.
Para o reitor da Universidade de Lisboa, a cedência do espaço da Cantina da Universidade para a realização do encontro promovida pela CVP é uma afirmação do valor da inclusão, nas várias iniciativas que promove.
“Também aqui é a inclusão que está em causa e é também uma forma de não só participarmos e de colaborarmos numa coisa que é meritória, mas também de, de alguma maneira, transmitirmos esta ideia da proximidade do outro, de quem precisa, e isso é importante para os nossos formandos, para os nossos alunos, para os nossos profissionais, saber que só nos realizamos com o outro e dando-nos aos outros”, afirmou Luís Manuel Ferreira.
