Segurança máxima na visita do Papa à Turquia

“Durante sua visita à Turquia, o Papa será protegido ao máximo nível como se fez no passado para outros chefes de estado estrangeiros”, assegurou o porta-voz da polícia de Istambul, Ismail Caliskan. Os esforços turcos foram elevados ao máximo também pela presença na Turquia de ambientes islâmico-nacionalistas fortemente anti-cristãos e contrários à visita de Bento XVI, sobretudo depois das polémicas levantadas pelo discurso de Bento XVI em Regensburgo, no passado mês de Setembro. Ambientes no qual se deu o homicídio do padre Andrea Santoro em Fevereiro, na cidade de Trebizonda, como também os disparos próximos da embaixada italiana no passado dia 2 de Novembro, assim como o assalto à Basílica de Santo Sofia, em Istambul. São os mesmos ambientes que estão a preparar uma grande manifestação contra a visita papal no domingo em Istambul, onde os organizadores esperam a participação de “um milhão de pessoas”. “O Papa na Turquia estará tão seguro como no Vaticano”, declarou à imprensa Egemen Bagis, um deputado do partido dos radicais islâmicos, representando o governo de Ancara. O bairro onde se situa o Patriarcado está já a ser controlado por policias 24 horas por dia. Enquanto isso a polícia turca fez um apelo àqueles que são contrários à visita do papa (os ambientes nacionalistas e islâmicos) que moderem ao máximo os seus protestos. “Os olhos do mundo inteiro estarão voltados para a Turquia naqueles dias. É do interesse de toda a Turquia que o Papa leve uma impressão positiva do nosso país”, sublinhou o porta-voz da polícia de Istambul, Caliskan. O ambiente calmo é igualmente um imperativo político, pois qualquer incidente influenciaria o processo europeu de Ancara, como já afirmou explicitamente o patriarca ortodoxo Bartolomeu.

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