Secretário da Congregação para os Bispos explica o processo de escolha dos bispos

Antes de serem nomeados pelo Papa passam pelo crivo de 30 cardeais

Santa Eufémia de Prazins, Braga, 16 jul 2011 (Ecclesia) – O secretário da Congregação para os Bispos (Santa Sé), D. Manuel Monteiro de Castro, revela à ECCLESIA que o processo de escolha e nomeação de bispos passa pelo crivo de 30 cardeais.

A celebrar o 50.º aniversário da sua ordenação sacerdotal, D. Manuel Monteiro de Castro realça também que os processos portugueses “demoram pouco tempo”, mas dependem de “muitas circunstâncias”.

Com algumas dioceses portuguesas à espera de novos bispos, o secretário da referida congregação sublinha que as consultas feitas no nosso país têm “muita importância” porque a Congregação para os Bispos “julga, segundo o que chega por escrito” de Portugal.

Para a nomeação de um bispo, D. Manuel Monteiro de Castro adianta que são propostos três candidatos – “o Núncio faz o estudo e envia para Roma” – e, na Santa Sé, numa “plenária com 30 cardeais”, o assunto é novamente refletido para depois ser o Papa a escolher.

Sobre a hipótese de um bispo ser escolhidos pelos cristãos da sua diocese, o secretário da Congregação frisou que quando era núncio “escutava os leigos” neste processo de escolha, mas “isso depende muito do núncio”.

Geralmente, não se nomeiam bispos “antes dos 44 ou 45 anos” para que tenham “20 anos de sacerdócio” – disse.

Quando um bispo completa os 75 anos escreve uma carta ao Papa – “que vem à nossa congregação” – e pede a resignação, todavia se o prelado “está em boa saúde e não tem dificuldade em continuar, a Igreja não pressa” na substituição.

Em relação aos cardeais, D. Manuel Monteiro de Castro frisou que quando estes estão de “boa saúde ficam mais tempo” e “geralmente estão dois anos”.

PTE/LFS

 

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