Saúde: Vaticano alerta para as «profundas implicações» da questão ambiental no bem-estar das pessoas

Santa Sé defendeu em Genebra a necessidade de uma autêntica «consciência ecológica» na sociedade

Cidade do Vaticano, 21 mai 2014 (Ecclesia) – O Vaticano diz que é preciso criar condições para o desenvolvimento de uma “crescente consciência ecológica” na sociedade, pois a questão ambiental tem “profundas implicações” no bem-estar das pessoas.

De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, esta posição foi defendida durante a Assembleia Mundial sobre a Saúde que está a decorrer em Genebra, na Suíça.

O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (CPPS) recordou que as “alterações climáticas” influenciam parâmetros como “a qualidade do ar, da água, da alimentação e da habitabilidade”.

D. Zygmunt Zimowski transmitiu aos participantes do encontro as preocupações do Papa Francisco relativas à “exploração desenfreada dos recursos” e à necessidade de criar projetos que tenham mais em conta a preservação do meio ambiente e do planeta, “a casa comum de todos os homens”.

Isto implica mudanças ao nível das “decisões e ações económicas, sociais, tecnológicas e políticas”, reforçou o arcebispo polaco.

Na sua mensagem, o líder da delegação da Santa Sé saudou ainda a forma como a Organização Mundial de Saúde tem trabalhado, no sentido de contribuir para a “tão desejada reflexão” acerca desta problemática.

A outro nível, o responsável pelo CPPS felicitou ainda aquele organismo pelos “avanços” conseguidos na área do tratamento das pessoas com autismo, sobretudo no plano da “sensibilização da opinião pública”.  

Um trabalho que, de acordo com D. Zygmunt Zimowski, tem contribuído para “dissipar alguns dos mitos que rodeiam o autismo”, em estreita ligação “com organizações da sociedade civil”.

 Entre 20 e 22 de novembro, o Conselho Pontifício para a Saúde vai organizar uma conferência internacional especificamente sobre este tema intitulada “Avivar a esperança”.

A reunião da Assembleia Mundial sobre a Saúde, que começou na última segunda-feira, foi também marcada pelo tema da nutrição materna e infantil.

O arcebispo polaco mostrou-se satisfeito pela “amamentação materna ter sido incluída como um objetivo global estratégico” e definida como “um indicador chave” no controlo dos avanços em matéria de nutrição.

“A amamentação materna é uma proteção importante contra a subnutrição infantil e por isso deve ser defendida e acalentada no contexto da assistência primária de saúde. Deve ser uma prática garantida na legislação do trabalho e aceite também no espaço público”, frisou.

JCP

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Agência ECCLESIA

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