Bispo de Setúbal participou nas jornadas promovidas pelo Instituto de São João de Deus sobre «o humor nos cuidados de saúde e na atenção pastoral»
Setúbal, 28 out 2025 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal afirmou nas Jornadas de Pastoral da Saúde promovidas pelo Instituto de São João de Deus que é necessário estar atento aos “gestos discretos” dos cuidadores, referiu-se à “importância dos afetos” e disse que, junto à cama dos doentes, cada um é o “sorriso de Deus”.
“Nós somos o sorriso de Deus. Nos corredores dos hospitais, junto à cama dos doentes, ao consolar pais, maridos e mulheres, nós somos o sorriso de Deus”, afirmou D. Américo Aguiar.
Na comunicação que fez durante as jornadas sobre o tema “O Sorriso de Deus, o humor nos cuidados de saúde e na atenção pastoral”, o bispo de Setúbal lembrou também que “os doentes, os mais frágeis, os debilitados no corpo e na alma, também são o sorriso de Deus” também podem “encher o coração de alegria e de esperança”.
“Venham os doutores palhaços, os visitadores, os hospitais humanizados pelas pessoas e pelas paredes. Venham os médicos, as enfermeiras, o pessoal auxiliar, os condutores das ambulâncias, os paramédicos, venham todos. Há uma multidão de gente que vos espera todos os dias, que precisa de cada um de vós para viver mais um dia, para sorrir na hora das visitas, para ter a esperança de sair de pé, daquele quarto, enfermaria ou hospital”, afirmou.
Venham os risos, os sorrisos e as gargalhadas. Venha o silêncio, a espera. Venham todos e tudo, mas de uma forma nova, plena, capaz de dar fruto”.
Na sua intervenção, que decorreu na última sexta-feira, em Fátima, D. Américo Aguiar valorizou o trabalho iniciado por São João de Deus e continuado nas irmãs e nos irmãos hospitaleiros, “que se deixaram e deixam tocar pelo sofrimento, pela pobreza, pela fragilidade de homens e mulheres”.
“Gosto de pensar que cuidar é privilégio e ser cuidado é um abandono nas mãos dos outros, e assim, nas mãos de Deus”, afirmou.
O bispo de Setúbal não esqueceu relatos “de falhas, de carências, de problemas inultrapassáveis, de erros do passado e do presente”, sem esquecer que “diariamente há milhares de mãos que cuidam de milhares de vidas entregues aos seus cuidados”.
“Não podemos falar do mundo da saúde sem esta insistência em afirmar o bem, o bom e o belo que acontece todos os dias”, acrescentou.
Peço-vos este cuidado, o de chamar sempre a atenção para o bem que acontece, para os sorrisos e risos que continuam a dar alento e esperança aos doentes”.
Nas Jornadas de Pastoral da Saúde promovidas pelo Instituto de São João de Deus, D. Américo Aguiar valorizou a atenção “aos gestos discretos”, a “importância das coisas pequenas”, e a “importância dos afetos que se traduzem em sorrisos”.
“Sejamos cuidados ou cuidadores, médicos ou auxiliares, velhos ou novos, a todos nos é pedida uma capacidade de amar os outros; é uma capacidade que se conquista diariamente, que é particularmente exigente para quem tem saúde e trata de quem a perdeu”, sublinhou.
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