O Papa assegurou hoje no Vaticano que a “saúde de cada sociedade” depende das forma como trata as suas famílias. Num discurso dirigido ao novo embaixador da Estónia junto da Santa Sé, Juri Seilenthal, Bento XVI disse que a Igreja está empenhada na promoção da santidade do matrimónio, do papel fundamental e a missão da família, a educação das crianças e o respeito pelo dom divino da vida desde a concepção até à morte natural. Segundo o Papa, a entrada da Estónia na União Europeia representa não só um reatar de laços tecidos ao longo dos séculos, mas também a reafirmação de uma “grande herança politica e espiritual” que modelou a alma da nação. “Confio que este testemunho – acrescentou – contribua para a consolidação da vida familiar e comunitária e juntamente com as sapientes e clarividentes políticas sociais, ajude a revitalizar a longa história da Estónia de famílias fortes e unidas”. Numa Europa que vive um processo de rápida transformação, o Papa lembra os “progressos significativos na construção de uma casa comum caracterizada por um sólido crescimento económico, o desenvolvimento de novos modelos de unidade respeitosos pelas diferenças, e pelo empenho da cooperação pela causa da justiça e da paz”. “A grande revolução que abalou a Europa de Leste no último decénio do século passado – prosseguiu o Papa – testemunha o desejo inato e irreprimível de liberdade presente nos indivíduos e nos povos”, bem como a “inseparabilidade da autêntica liberdade da procura da verdade, respeito pela dignidade transcendente de cada pessoa humana e um empenho no respeito recíproco e na solidariedade”. (Com Rádio Vaticano)