Santuários querem ajudar sociedade «desorientada»

Padre Sezinando Alberto, reconduzido para um novo mandato à frente da Associação dos Reitores dos Santuários portugueses, revela prioridades para 2012

Fátima, Santarém, 10 jan 2012 (Ecclesia) – O padre Sezinando Alberto, reeleito hoje em Fátima para mais um mandado à frente da Associação dos Reitores dos Santuários (ARS), quer reforçar a ligação entre aqueles locais de culto e a sociedade.

Em entrevista à ECCLESIA, no final de um encontro com todos os membros que constituem aquele organismo, o sacerdote recordou a importância “espiritual” dos espaços religiosos, sobretudo numa altura de crise em que há “muita gente desorientada e a precisar de conselho”.

Para além da nomeação dos novos corpos sociais da ARS, constituída oficialmente há cerca de um ano, a reunião serviu de base à apresentação de uma revista itinerante e de um roteiro sobre os Santuários em Portugal.

“A revista itinerante é uma aposta nossa, de penetrarmos em meios onde não entrávamos e o livro que vai ser editado será uma forma de divulgarmos também os santuários na imprensa”, sublinha o padre Sezinando Alberto, que gere atualmente o Santuário de Cristo Rei, em Almada.

No sentido de facilitar a promoção dos mais de 80 santuários espalhados pelo país, a associação está a recolher dados para a construção de um site na internet, projeto que por agora, tem tido alguns entraves.

Segundo o presidente da ARS, tem sido “difícil fazer o site”, já que “muitos santuários têm reitores idosos, sem sensibilidade para a informática” e que “ainda não mandaram qualquer informação”.

O programa do VI encontro nacional de reitores dos santuários portugueses, que começou esta terça-feira, contemplou ainda um debate à volta do tema “A Arte e o Património ao serviço da Evangelização”.

Com a ajuda de diversos especialistas da área do património religioso, a nível diocesano e nacional, os reitores foram sensibilizados para a importância da preservação adequada de todas as riquezas que têm em mãos.

“O restauro é um tema que interessa a todos, não só aos santuários mas a todas as pessoas que se vão servindo deles”, destacou o responsável nacional, adiantando que durante a reunião “levantaram-se problemas relacionados com a legislação, os patrocínios, os cuidados a ter em conta” na conservação do espólio religioso, cultural e artístico.

PTE/JCP

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Agência ECCLESIA

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