Dia da Imaculada Conceição é vivido com particular intensidade junto da «Rainha de Portugal», coroada em 1646 Em dia da Imaculada Conceição, o Santuário de Vila Viçosa reveste-se de festa e de gente. Muitos peregrinos vindos de vários pontos do país, mostrando a importância que o povo português dá à Imaculada Conceição. Esta data recorda o gesto de D. João IV, que em 1646, consagrou toda a nação à protecção de Maria. É ainda esta protecção que “o povo procura”, destaca o Pe. Mário Tavares de Oliveira, reitor do Santuário de Vila Viçosa. Esta manhã D. Amândio Tomás, Bispo auxiliar de Évora, afirmou na celebração eucarística que “estando de coração aberto, podemos perceber as maravilhas que Deus faz pelo seu povo”. A disponibilidade é a palavra chave, num tempo de “confusão, de algum desnorte, com passos menos confiantes”, mas não “solitários, pois se tivermos disponíveis, percebemos o caminho”. O Santuário de Vila Viçosa foi o primeiro templo dedicado à Imaculada Conceição, na Península Ibérica. O santuário alentejano tive a sua origem na decisão de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino, que mandou edificar o primitivo templo. Foi pois um seu descendente, o Rei D. João IV, quem havia de coroar Padroeira e Rainha de Portugal a Senhora da Conceição no santuário de Vila Viçosa. A devoção à Mãe de Deus, sob o título de Imaculada Conceição, entrou profundamente na devoção popular em todo o país. O Solar da Padroeira, como é chamado o santuário de Vila Viçosa, continua a ser um local de peregrinação, sobretudo no dia 8 de Dezembro. O entusiasmo por aquele santuário cresceu a partir do dia 14 de Maio de 1982, data em que o Papa João Paulo II peregrinou até Vila Viçosa e se ajoelhou em oração diante da veneranda imagem da Padroeira. Os dias de celebração, segundo o Pe. Mário Oliveira são oportunidades para recordar as raízes cristãs, mas sobretudo a esperança, pois “só faz sentido celebrar o passado se estivermos disponíveis para a esperança que o futuro traz”. O entusiasmo e alegria reina nas peregrinações ao Santuário pois “sabemos que o exemplo de Maria, nos guia nas circunstâncias presentes da nossa história”. Da parte da manhã teve lugar a celebração eucarística. De tarde, pelas 14h30, a Ordem do Carmo assume a recitação do terço. Uma forma de prestar um rito de vassalagem a D. Nuno Álvares Pereira, pertencente à Ordem do Carmo. Às 15h tem início a procissão pelas ruas de Vila Viçosa que finda com a Eucaristia às 17h.