Ano Santo Jacobeo e viagem do Papa vão fazer disparar o número de visitas para os próximos anos, assegura Arcebispado local
A visita de Bento XVI a Santiago de Compostela, no próximo dia 6 de Novembro, acrescida do facto de se estar a assinalar o Ano Santo Jacobeo, é desde já uma garantia de que o número de peregrinos que se deslocam àquele local de culto vai aumentar nos próximos anos.
Uma certeza deixada hoje pelo Arcebispado de Santiago de Compostela, que se apoia em dados estatísticos recolhidos a partir do seu Departamento de Apoio ao Peregrino.
Num comunicado de imprensa, ao qual a agência ECCLESIA teve acesso, pode ler-se que a tendência da peregrinação compostelana “é marcadamente ascendente a partir do impulso que envolve, em cada ciclo, um novo Ano Santo Jacobeo”.
O Arcebispado de Santiago de Compostela acrescenta ainda que esta tendência positiva é também notada “com o incentivo que, excepcionalmente, é dado quando o caminho conta com a presença de um Papa como modelo e exemplo a seguir, peregrinando até ao tumulo do Apóstolo”.
De facto, os números apresentados têm como base o Ano Santo de 1993, que levou a Santiago quase 99 mil e 500 peregrinos. Tratou-se de uma cifra excepcional, se levarmos em linha de conta que, até então, os registos anuais não tinham chegado a ultrapassar sequer as 10 mil pessoas, desde 1985.
A verdade é que, para os anos seguintes, o impulso dado pelo Ano Santo de 1993 fez subir a fasquia dos números para valores entre os 15 mil, em 1994, e os 145 mil, em 2009.
Olhando para as estatísticas dos Anos Santos, vemos que os números também foram subindo, passando dos tais 99 mil e quinhentos, em 1993, para quase 258 mil, em 2010, quando ainda só estão contabilizados números até ao passado mês de Outubro.
Relativamente aos principais itinerários utilizados para chegar a Santiago de Compostela, o Arcebispado local revela que o caminho português, em 2010, é o segundo percurso mais concorrido, com quase 32 mil pessoas, sendo suplantado pelo caminho francês, que regista cerca de 180 mil peregrinos, até agora.
