D. Manuel Pelino presidiu à ordenação de dois padres e oito diáconos permanentes
Santarém, 14 jul 2014 (Ecclesia) – O bispo de Santarém disse este domingo que as três atitudes do semeador são “semear com convicção, com afeto e alegria”, falando na Missa de ordenação de dois presbíteros e oito diáconos permanentes, na catedral da diocese.
“A parábola do Semeador (Evangelho de São Mateus) oferece-nos uma interpretação animadora da missão de pregar a Palavra de Deus, tarefa fundamental confiada aos ordinandos, e na qual todos os fiéis devem participar ativamente”, explicou D. Manuel Pelino.
Nesse sentido, o bispo alerta que para que a semente fecunde a terra e “chegue ao destinatário” são precisos sementeiros que “saiam do seu conforto, do seu individualismo e comodidades e percorram os terrenos do mundo que aguardam a semente”.
“Os frutos pertencem a Deus e surgirão a seu tempo”, desenvolveu o bispo diocesano que pede aos semeadores que deitem a “a semente à terra sem apego a êxitos ou a aplausos”.
O prelado refletiu sobre as imagens que o Evangelho apresentou – o semeador, o terreno e a semente – com três temas: ‘A força transformadora da Palavra de Deus’; ‘preparar o terreno fecundo’ e ‘sair para semear’.
Para D. Manuel Pelino, existe uma convicção de fundo na parábola do semeador que revela que “a Palavra de Deus é uma boa semente, tem energia própria, tem força espiritual para dar fruto”.
“O pregador é apenas servidor da Palavra e não seu possuidor”, acrescentou o bispo de Santarém, que revela que quem anuncia “é como um microfone que torna audível e acessível a Palavra de Deus”.
No segundo item – preparar o terreno fecundo – são explicados os quatro géneros de ouvintes cuja receção ao anúncio depende das “disposições do coração”: “Evitemos a tentação de nos catalogarmos como terreno bom, julgando que os espinhos, as pedras ou a dureza do caminho se referem aos outros”.
“O ambiente cultural da nossa sociedade de consumo, com a abundância de distrações e de comodidades, potencia ainda mais o endurecimento do coração e a indiferença aos outros”, alerta.
CB/OC