Autarca participou na celebração que assinalou os 50 anos da criação da diocese
Santarém, 17 jul 2025 (Ecclesia) – O presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Leite, destacou, esta quarta-feira, o trabalho que a autarquia desenvolve de “forma permanente” com a diocese a pensar no bem-estar da população.
“Nós, Câmara Municipal, trabalhamos de uma forma permanente com a nossa diocese, porque há vários pontos em comum”, afirmou o autarca, em declarações à Agência ECCLESIA, no âmbito da sessão comemorativa dos 50 anos da criação da Diocese de Santarém, que decorreu na tarde desta quarta-feira, na Sé.
João Leite indica que a autarquia e a diocese têm vários projetos em comum, nomeando o exemplo do património, sobretudo no centro histórico, em que trabalham na requalificação dos monumentos.
Temos a sorte de ter o nosso bispo de Santarém, D. José Traquina, que é uma pessoa muito acessível, prático, que gosta desse pragmatismo e nós também trabalhamos com esse pragmatismo a pensar naquilo que é o nosso foco, que é o bem comum, o bem-estar da nossa população e é isso que trabalhamos em conjunto, a pensar nas pessoas”, referiu.
O autarca realçou a capacidade de a Igreja se adaptar as realidades onde está presente, como se verifica na região de Santarém.
“Desde logo, por exemplo, na celebração do nosso feriado municipal onde também aí vivemos momentos únicos de interação com a nossa população e onde de facto a igreja dá um sinal de abertura e de proximidade com as nossas tradições, as nossas raízes e a nossa identidade”, lembrou.
Se há algo a valorizar enquanto autarcas, segundo João Leite, é a “identidade de um território” e o trabalho com as instituições, neste caso em concreto com a diocese, valorizando as tradições.
“É um trabalho que se torna muito mais profícuo e eficaz e é isso que temos feito em comum”, assinalou.
A Diocese de Santarém celebrou esta quarta-feira 50 anos, tendo o autarca classificado esta data como “um dia muito bonito”, “de festa” e “de alegria”.
Na Eucaristia, o bispo diocesano apontou a missão de “tornar Deus mais próximo de todos”, isto é, “valorizar a pessoa humana, pessoas de todas as cores e origens, naturais da região ou migrantes, de todas as condições e idades”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. José Traquina realçou que existem muitas formas de exercer a proximidade, mas em Pastoral esta concretiza-se com a “possibilidade de encaminhar, de ajudar a crescer”.
“Deus tornou-se próximo foi para valorizar tudo e todos, não é para me ter medo, e portanto, a diocese existe, tem esta mensagem que é para valorizar o que existe também na sociedade, não existe para si mesma, mas existe porque tem esta missão de valorizar a realidade humana”, referiu.
O bispo deu o exemplo dos mais frágeis, dos mais distantes, dos migrantes, dando conta que estes últimos começam a integrar as comunidades cristãs da diocese.
“Isso é já um facto, e está a acontecer pacificamente, com toda a facilidade, em termos de integração, e isso é bom, como já acontece também em escolas aqui em Santarém, onde numa mesma escola estão crianças de 30 nacionalidades, sem dificuldade, com boa integração e com proximidade”, relatou.
Também junto de situações de pobreza e fragilidade a diocese quer estar próxima, indica o bispo de Santarém, acrescentando que esta tem “várias equipas”, compostas por leigos ao longo do mapa do território diocesano, que estão atentas e que respondem às necessidades dos mais pobres.
Neste sentido de proximidade, desejamos muito que a reflexão sinodal que vamos desenvolver nos próximos tempos seja um aprofundar e o valorizar esta atitude de proximidade”, expressou.
A Diocese de Santarém foi criada a 16 de julho de 1975, pela Bula Apostolicae Sedis Consuetudinnem do Papa Paulo VI, que nomeou D. António Francisco Marques como seu primeiro bispo.
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