Bispo da diocese pediu aos padres que sigam o «estilo» do Papa Francisco
Santarém, 24 mar 2016 (Ecclesia) – O bispo de Santarém defendeu hoje na sé da diocese, perante os membros do clero, que a Igreja Católica deve dar um testemunho de “misericórdia” e que os padres devem seguir o “estilo” de liderança do Papa.
“Na cultura atual é o testemunho da misericórdia que pode marcar a diferença e tornar credível o Evangelho”, declarou D. Manuel Pelino, na homilia da Missa Crismal, enviada à Agência ECCLESIA.
Na cerimónia matinal da Quinta-feira Santa, o prelado recordou que muitas pessoas precisam de propostas que contrariem o “pessimismo” e as “novas escravidões da sociedade contemporânea”.
“São também muitas as que sonham com horizontes positivos para vencerem o vazio e o medo que fecha cada um em si mesmo”, prosseguiu.
A intervenção centrou-se depois no Jubileu da Misericórdia convocado pelo Papa e na própria figura de Francisco.
“É significativo o reconhecimento do Papa Francisco tanto da parte dos crentes como dos não crentes. Considerado o personagem mais influente do mundo, atrai uma profunda admiração e tornou-se uma referência mundial”, precisou.
Para D. Manuel Pelino, o acolhimento positivo do atual pontificado mostra que “o mundo anseia pela misericórdia”.
“É realmente um paradigma de liderança diferente daquele que habitualmente notamos em muitos governantes do mundo guiados pela vaidade e brilho pessoal, por calculismos e interesses partidários, por condenações fáceis de quem pensa de forma diversa”, observou.
Para o bispo de Santarém, os padres devem ser pessoas que “mereçam a confiança e motivem a adesão dos fiéis”.
“O Papa Francisco concretiza para nós esse estilo: ir ao encontro dos que vivem nas periferias; acolher com afeto, atenção e humildade todos os que nos procuram; criar comunhão, procurar consensos e estabelecer pontes; promover uma cultura de inclusão, encontro e proximidade”, concluiu.
OC