Santarém, 06 abr 2016 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja, de Santarém, promoveu as suas quintas jornadas com a temática ‘Salvaterra de Magos e o património cultural da Igreja: significado e função’, no auditório da Falcoaria Real.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém informa que a jornada foi um momento para uma “abordagem credenciada” do património cultural do Concelho de Salvaterra de Magos, nomeadamente o da “igreja Matriz de São Paulo, com evidentes legados da Capela Real”.
“É parco o conhecimento da simbologia, valor e história a ele associados, evidenciado pela falta de estudos e investigação”, assinala Eva Raquel Neves.
Neste contexto, os objetivos principais da quinta Jornada Diocesana para os Bens Culturais da Igreja deu “especial referência” aos oragos das paróquias, fornecendo aos agentes da pastoral local e diocesana “instrumentos de trabalho de transmissão da mensagem catequética associada” e “fomentar a génese de um futuro Núcleo Museológico”.
O programa da iniciativa, a 02 de abril, dividiu-se em dois momentos e os cerca de 30 participantes de manhã tiveram uma formação teórico-prática, “explorando temáticas através de exemplos concretos” e de tarde visitaram os espaços “mais significativos”, acompanhadas por especialistas.
O bispo de Santarém, D. Manuel Pelino, o diretor da Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja, o padre Joaquim Ganhão, e o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, estiveram na abertura dos trabalhos.
D. Manuel Pelino Domingues recordou a “arte enquanto património vivo” e como “única forma de expressão com capacidade de transmissão da glória do Ressuscitado”, de acordo com a mensagem do tempo litúrgico da Páscoa.
Por sua vez, o responsável diocesano pelo setor dos Bens Culturais da Igreja referiu que “mais do que os números da participação” estas iniciativas são uma “provocação para o envolvimento de todos os agentes locais, desde a igreja à sociedade civil”.
A conferência de abertura – ‘A Pastoral através da Arte ou como falar de Deus a partir do Património’ – foi da responsabilidade de André das Neves Afonso, da Comissão Diocesana de Arte Sacra de Setúbal e assistente de Ourivesaria no Museu Nacional de Arte Antiga.
Já o diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte, abordou a iconografia da Virgem Maria, “tão presente no conjunto das paróquias locais” e sem esquecer as imagens de Nossa Senhora de Fátima e a sua “relação e influência” com as representações marianas do século XX.
Na visita guiada à igreja Matriz de Salvaterra de Magos foi apresentada uma “pequena contextualização histórica” seguida de uma abordagem catequética, “com identificação do património ali existente”.
A 5.ª Jornada Diocesana para os Bens Culturais da Igreja de Santarém terminou com a visita à Capela Real, onde foram guiados por uma técnica superior de História da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.
CB