Santarém: «Fica uma experiência não só juvenil, mas de grande afluência de adultos», da peregrinação dos símbolos da JMJ, afirma bispo diocesano

D. José Traquina incentiva os jovens a «sonhar a missão da Igreja de forma inovada»

Rio Maior, 01 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo de Santarém disse que “fica uma experiência não só juvenil” da peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude na diocese, que terminou esta sexta-feira, e incentivou os jovens a “um protagonismo não apenas nas estruturas”.

“Há um protagonismo não apenas nas estruturas existentes da Igreja, mas no sonhar a missão da Igreja de forma inovada. É uma evangelização que precisa de novidade e os jovens sabem sonhar na forma de ir mais longe”, disse D. José Traquina, em declarações à Agência ECCLESIA.

A Diocese de Santarém despediu-se da Cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ da Jornada Mundial da Juventude, esta sexta-feira, para o bispo diocesano “fica uma experiência não só juvenil mas de grande afluência de adultos”, das comunidades cristãs, das autarquias, das instituições, lembrando que visitaram hospitais, lares, escolas, e foram ao Estabelecimento Prisional de Torres Novas.

Para o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Santarém para a JMJ Lisboa 2023 “ficou muito a alegria de receber os símbolos e o ânimo e a força” que levaram, sobretudo para as várias equipas na diocese.

“Os símbolos vieram trazer esta força de Deus para também nos animar muito no espírito uns dos outros, e conseguirmos entusiasmar as equipas da nossa diocese. Para além disso, vimos muitas pessoas a tocarem os símbolos com muita fé e com muita emoção e vimos os símbolos a tocarem o coração e a vida das pessoas”, desenvolveu o padre Ricardo Conceição.

Segundo este responsável de pastoral juvenil, é preciso ter consciência que, “em muitas comunidades, foram os jovens que chamaram as outras pessoas, os mais velhos”, enquanto noutras foram “os mais velhos” que puxaram pelos mais novos, “para se envolverem, para se comprometerem, para animarem com a sua alegria, com os cânticos, as violas”.

“Isto significa que quando puxamos pelos jovens eles respondem, sabemos que hoje em dia a questão do compromisso e programar a sua vida não é uma coisa fácil, nunca foi mas esta geração tem as suas dificuldades próprios, mas muitos conseguiram orientar a vida para estarem presentes”, desenvolveu o padre Ricardo Conceição.

Neste contexto, explicou que no futuro este acompanhamento dos jovens “é para continuar”, fazer com eles, escutá-los, “perceber a linguagem e perceber a maneira de os escutar e envolver”.

Foto: Pastoral Juvenil da Diocese de Santarém/ Comité Organizador Diocesano

A Paróquia de Alcobertas, na Vigararia de Rio Maior, acolheu o programa final da peregrinação, uma celebração da luz e a passagem dos símbolos para o Patriarcado de Lisboa, a última etapa da peregrinação nacional, antes da JMJ Lisboa 2023, de 1 a 6 de agosto.

“Foi um tempo de muita gratidão e muita coisa boa a acontecer na nossa diocese. Quando entrei na igreja e vi tanta gente, de tantos pontos diferentes da nossa diocese, pensei, de facto os símbolos têm esta capacidade de nos unir, num ponto que é tão distante”, disse Maria Rodrigues, do COD de Santarém, à Agência ECCLESIA.

Para esta jovem, no futuro, o objetivo é que “não se perca” o que criaram “ao longo destes quatro anos” de preparação para a Jornada Mundial da Juventude 2023, e tem confiança que a JMJ Lisboa “vai ser de tal forma marcante”, para muitas pessoas no “primeiro encontro com Deus” e para outras, “um sentimento completamente inesquecível”, por estarem com tanta gente do mundo inteiro.

“Espero que a memória ajude a dar força a este espírito, e estes jovens continuem ativos na Igreja, e a ser uma voz ativa da Igreja na sociedade”, concluiu Maria Rodrigues.

Santarém é uma das três dioceses de acolhimento de peregrinos, com Lisboa e Setúbal, de 1 a 6 de agosto, e D. José Traquina revela que estão “confiantes”, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ “ajudaram nessa motivação”.

“Estou muito grato porque os jovens deram o tom aos adultos nesta alegria e nesta capacidade de acolhimento. Ainda que não saibamos todos os pormenores estamos confiantes que existe uma boa vontade que se alarga, cada vez mais, ao acolhimento”, assinalou o bispo de Santarém.

HM/CB

 

 

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Agência ECCLESIA

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