Bispo diocesano falou também sobre a guerra na Ucrânia, o tempo da pandemia e receção dos símbolos da JMJ
Santarém, 10 jul 2023 (Ecclesia) – O bispo de Santarém disse este domingo, em Tomar, que a Festa dos Tabuleiros exprime “arte, simplicidade e beleza”.
“Hoje, esta cidade de Tomar está repleta de pessoas que para aqui convergiram por causa da Festa dos Tabuleiros que exprime arte, simplicidade e beleza”, referiu D. José Traquina, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
A Festa dos Tabuleiros, que se realiza a cada quatro anos, foi apresentada como “um maravilhoso e grande sinal de paz e alegria para o mundo”.
“São estes sinais que o mundo precisa e Deus quer que aconteçam, porque são uma Bênção de alegria, de paz e de esperança para todos”, sublinhou o bispo de Santarém.
Na celebração do “grande cortejo” da Festa dos Tabuleiros, D. José Traquina recordou também os tempos “complicados” que aconteceram desde a última festa, em 2019.
“Durante mais de dois anos tivemos a pandemia” e “quando pensávamos superada a crise da pandemia, surge a guerra na Ucrânia”, frisou o responsável católico.
Uma guerra “sem fim à vista” e com imagens e informações que “facilmente nos influenciam a alimentar ódios escondidos”.
Para D. José Traquina, num tempo do “maior desenvolvimento tecnológico e científico”, verifica-se que “não houve em paralelo um largo desenvolvimento na reflexão ética, económica e política, de modo que as pessoas se respeitem mutuamente e haja vontade de edificação da justiça e da paz a nível mundial”.
A intervenção recordou que, no último mês de junho, os jovens da Diocese de Santarém tiveram consigo os símbolos da Jornada Mundial da Juventude.
“Pelo esforço, empenho, prontidão e disponibilidade dos jovens, avalio como uma experiência muito positiva que abre à esperança de uma geração de jovens corresponsáveis e crentes na edificação das suas vidas e da sociedade”, acrescentou o bispo de Santarém.
A Festa dos Tabuleiros teve o seu momento principal na tarde deste domingo, com o cortejo e bênção.
Esta é uma expressão do culto ao Espírito Santo e uma das formas de religiosidade popular mais antigas de Portugal, levando centenas de milhares de pessoas a Tomar.
LFS/OC