Santarém: Festa de Tamazim está «enraizada numa família» e quer convocar a juventude

A celebração consta de procissão em honra da Nossa Senhora da Luz e o convívio entre famílias

Foto: Patrícia Agostinho

Santarém, 06 mai 2023 (Ecclesia) – Patrícia Agostinho, membro da comissão de festas, disse à Agência ECCLESIA que esta é uma “festa enraizada na sua família”, que serve para convocar a juventude e pedir proteção à Senhora da Luz.

“Esta é uma festa enraizada na minha família, já foi mordomo o meu avô, a minha avó trata da imagem da Nossa Senhora da Luz , os meus pais pertencem à comissão, desde que nasci que trabalho para esta festa”, conta Patrícia Agostinho. 

Foto: Patrícia Agostinho

A jovem de 25 anos, licenciada em comunicação organizacional, conta que esta comissão de festa “foi oficializada em 2018” e, a cada ano, os jovens da terra carregam o andor da padroeira, como também o fez “nos três anos da universidade”.

“Quem leva o andor da Senhora da Luz são sempre jovens universitários da terra, que vêm trajados e prometem levar o andor até à capela de Tamazim”, explica.

Patrícia Agostinho fala desta festa com grande emoção mas a imagem “mora em casa da avó o resto do ano”. 

“Desde há uns anos que a minha avó toma conta da imagem da Nossa Senhora da Luz, está lá em casa todo o ano, e quando chega esta altura, lava-se o manto, trata-se das fitas a pedir proteção e, na véspera, preparamos o andor, já costumo ajudar e vou lá muitas vezes durante o ano junto à imagem, nem sei explicar por palavras o que sinto”, refere. 

Em tempo de pandemia a festa esteve suspensa e, segundo a jovem, “era uma falta grande”, este ano a tradição regressa no fim de semana em que se evoca o dia da mãe, domingo, 07 de maio.

“A festa a acontecer no fim de semana do dia da Mãe é ainda mais especial, a mãe do céu é a nossa protetora”.

A festa conta este sábado, 06 de maio, com a partida da procissão, às 10h00, da Igreja do Semideiro para Tamazim, onde está a capela do século XVII, segue-se a celebração da Eucaristia e almoço convívio, para depois, pelas 15h30, regressar a procissão para o Semideiro.

“Manter estas tradições torna as coisas mais especiais, as pessoas podem andar o ano todo stressadas, muitas daqui vivem fora do Semideiro, mas neste dia, deixam tudo e vêm para a festa, para a procissão e o convívio das famílias e ao fim do dia regressam”, conta.

Com a edição da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, a entrevistada espera “mais jovens na festa deste ano”.

A festa de Tamazim é “também conhecida pela festa da lagartixa porque estes animais, quando sentem o território invadido vêm ver o que se passa, estão sozinhas o ano inteiro e naquele dia do ano vem tanta gente, e muitas lagartixas vão aparecendo e cruzam o caminho na frente e no meio da procissão”.

SN

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Agência ECCLESIA

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