Santarém: É preciso «dar espaço e apoio» ao contributo dos leigos

D. Manuel Pelino assina artigo de opinião no semanário digital Ecclesia, nos 40 anos da diocese, onde afirma que a pastoral está excessivamente concentrada no clero

Santarém, 17 jul 2015 (Ecclesia) – O bispo de Santarém abordou para a Agência ECCLESIA os 40 anos da sua diocese, apontando a necessidade de um maior envolvimento das comunidades e dos leigos como um dos desafios mais prementes da Igreja Católica local.

Num texto incluído na edição mais recente do Semanário ECCLESIA, D. Manuel Pelino destaca a necessidade de “dar espaço e apoio aos vários carismas e contributos diferentes dos fiéis e envolver um número sempre maior de pessoas nas atividades pastorais”.

“Precisamos, de facto, de ultrapassar a imagem clerical da Igreja que leva a concentrar todas atividades no clero deixando aos leigos uma atitude passiva e de dependência”, admite o prelado.

A Diocese de Santarém foi criada a 16 de julho de 1975, através da bula (documento oficial) «Apostolicae Sedis Consuetudinem», do Papa Paulo VI, data que marcou também o nascimento da Diocese de Setúbal.

O território que constitui a diocese escalabitana foi separado do Patriarcado de Lisboa, onde formava, desde 29 de Maio de 1966, a Região Pastoral de Santarém.

D. Manuel Pelino recorda que “a criação da diocese veio tornar mais próximo e acessível o centro congregador e os serviços pastorais fundamentais” às comunidades locais, “numa época em que estes organismos estavam relativamente afastados” 

A Diocese de Santarém tem cerca de 3 mil quilómetros quadrados, e abrange 13 dos 21 concelhos do distrito, num total de 7 vigararias e 113 paróquias.

Para o bispo local, é essencial que a Igreja Católica local continue a apostar numa caminhada onde “todos progridam e participem na missão”, pois “é este o perfil do cristão do futuro”.

Nesse sentido, a “descentralização” que representou a separação do Patriarcado de Lisboa trouxe “à partida, melhores condições para uma conversão missionária”.

“Tornar a eucaristia plenamente participada, interior e exteriormente, festiva e frutuosa”, é outras das prioridades apontadas por D. Manuel Pelino, pois esta celebração “é uma das fontes principais para alimentar a fé, atualmente dificultada pelo ambiente de indiferença religiosa e pela dispersão das pessoas”.

“Conduz” também “à caridade, outro vínculo constitutivo da Igreja” e que “se exprime no serviço fraterno, na partilha de bens e na misericórdia que leva ao encontro dos que necessitam de bondade e de apoio”, frisa o prelado.

JCP

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