«Mais do que ser as pessoas a tocar os símbolos, que sejam os símbolos a tocar as pessoas para as animar e entusiasmar para a Jornada Mundial da Juventude – Padre Ricardo Conceição
Alcanena, 01 jun 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Santarém recebeu esta quarta-feira os símbolos da JMJ, para uma peregrinação que vai percorrer comunidades e instituições locais, até 30 de junho, na penúltima etapa do seu percurso pelas dioceses portuguesas.
“Os símbolos agora vão fazer o seu trabalho e é essa a expectativa que temos durante o mês de junho. que animem as pessoas, que entusiasmem as pessoas por onde vão passar, e vão ser muitos os sítios, vão ser muitas as instituições, e é essa a força que os símbolos têm. Mais do que serem as pessoas a tocar os símbolos que sejam os símbolos a tocar as pessoas para as animar e entusiasmar para a Jornada Mundial da Juventude”, disse à Agência ECCLESIA o coordenador do Comité Organizador Diocesano de Santarém para a JMJ Lisboa 2023.
O padre Ricardo Conceição explicou que “o ânimo é grande”, mas “o cansaço também já é algum”, por isso, estão “mesmo a precisar da força dos símbolos”, para esta reta final da preparação.
“Esperamos também que tragam esta força de Deus e com o exemplo de Nossa Senhora para termos mais famílias de acolhimento, mais voluntários nesta reta final”, acrescentou o diretor da Pastoral Juvenil diocesana.
A Diocese de Santarém recebeu a Cruz da JMJ e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ das mãos dos responsáveis de Leiria-Fátima, em Minde.
“Sou otimista e os símbolos têm esta graça de contagiar os jovens e o que acabamos de receber, da Diocese de Leiria-Fátima, foi um testemunho muito bonito da juventude. Os nossos jovens estão motivados e, de certo modo, uma forma de participar na Jornada é o acolhimento destes símbolos”, salientou o bispo de Santarém, D. José Traquina, em declarações à Agência ECCLESIA, no cabeço de Santa Marta, Paróquia de Moitas Venda.
O responsável fala em eventos “motivadores”, em termos juvenis, dando às novas gerações a capacidade de “se responsabilizarem e sonhar o seu futuro”.
“Como o Papa Francisco tem insistido, pede-se que os jovens não fiquem na varanda, agarrem os desafios que o mundo tem e sejam eles a participar e a sonhar o mundo que querem para si, não ficar a imaginar, mas entrarem neste caminho e edificação e pensarem soluções: como é que querem o planeta, a economia, a justiça social, como é que querem a organização da sociedade, que politicas é que querem”, precisou.
Maria Rodrigues, do COD de Santarém, destacou que os símbolos vão “ao encontro do outro e daqueles que não estão ainda tão próximos” com o entusiasmo e com aquilo que é a “alegria de ser cristão e que é também a alegria” que esperam com a Jornada Mundial da Juventude.
“Isto é um grande evento de jovens que estão entusiasmados, que têm muito vigor e muita energia para fazer coisas novas e construtivas para a sociedade. Eu acho que o nosso papel tem de ser de passar esse entusiasmo e essa alegria de poder estar com os símbolos, que é também a nossa alegria de ser cristãos e de fazer uma vida com Jesus; acho que isso acaba por contagiar aqueles que estão mais afastados e ter neste encontro da Jornada uma oportunidade para se voltarem a reencontrar com Cristo e com a Igreja”, desenvolveu. A jovem, de 24 anos, esperar que a iniciativa permita chegar a outras pessoas e “entusiasmar as que estão dentro da Igreja”. |
A primeira paragem desta peregrinação, na Vigararia de Alcanena, foi a capela de Casais Robustos; na capela do Cabeço de Santa Marta, em seguida, decorreu a inauguração de uma placa alusiva à “passagem dos símbolos da JMJ”, terminando o dia na igreja paroquial de Moitas Venda, onde os jovens escalabitanos rezaram e conviveram na presença dos símbolos.
Os dois símbolos vão peregrinar pelas sete vigararias de Santarém, conjunto de paróquias, até dia 30 de junho, o padre Ricardo Conceição realça o programa desta peregrinação vai “envolver muito as entidades”, as comunidades e instituições numa diocese “variada”.
“Os símbolos vão estar em festas, vão ao mercado, vão às escolas, vão aos lares, e eu acho que isso é importante, porque enquanto jovens católicos também temos obrigação de ir ao encontro dos outros, e de não esperar que eles venham ao nosso encontro”, acrescentou Maria Rodrigues.
Santarém é a 20ª diocese portuguesa a receber a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, que vão ser depois entregues ao Patriarcado de Lisboa, para a última etapa desta peregrinação rumo à JMJ 2023 na capital portuguesa, que começou em novembro de 2021, no Algarve.
O coordenador do Comité Organizador Diocesano de Santarém espera que o dinamismo da Jornada Mundial da Juventude “galvanize os jovens para estarem animados e entusiasmados a participar na Igreja”.
CB/OC