D. Manuel Pelino destaca papel da família na transmissão da fé
Santarém, 01 out 2013 (Ecclesia) – D. Manuel Pelino, bispo de Santarém, publicou a nota “Guardemo-nos uns aos outros” no site da diocese e revela que a fé deve ser mantida viva, transmitida e debruça-se sobre a importância da família na educação cristã.
“É uma pena ouvir pais desculparem-se de não orientarem os filhos na educação cristã com o argumento de que quando forem grandes eles é que vão decidir. Também vão decidir nessa altura se vão à escola ou ao médico ou se aceitam integrar-se na família?”, interroga-se D. Manuel Pelino na nota, endereçada à Diocese de Santarém, para a Semana Nacional de Educação Cristã, que decorre até domingo.
O tema para esta semana – ‘Guardar a fé guardar o outro’ – foi inspirado na homilia de início do ministério do Papa Francisco: “É uma reflexão muito oportuna na medida em que notamos, atualmente, a tendência de viver a fé de forma privada, escondida e quase envergonhada”, analisa o prelado.
D. Manuel Pelino recorda que o Evangelho recomenda que “não” se esconda “a luz (da fé)” por isso, guardar a fé “é mantê-la viva, irradiante e cuidar de a transmitir, pois é dada como dom para proveito de todos”.
Esta atitude implica que se dedique “atenção ao outro”, que se “carregue com os seus problemas” e que se acompanhe “nos caminhos da verdade e do bem”.
Para o bispo de Santarém, os pais, avós e encarregados de educação enquadram-se nesta perspetiva porque “são os educadores fundamentais” que exercem uma “influência decisiva na educação cristã” que conduz no “caminho que leva ao encontro do amor de Deus e do outro”.
“Sem este apoio da família e da comunidade, onde a vida cristã se torna visível em gestos e sinais, pouca eficácia terá a ação dos catequistas ou de outros educadores da fé”, desenvolve.
D. Manuel Pelino reforça que a educação cristã “deve ser assumida por todos os filhos de Deus”, que como “membros ativos da família e da comunidade cristã, a escola fundamental da educação da fé” são educadores e destinatários desta mensagem.
Na nota pastoral é ainda explicado que através do contacto pessoal e de “testemunhos escritos” dos crismandos existem “muitos exemplos positivos do cuidado de uns pelos outros”.
Por sua vez, os candidatos ao sacramento do Crisma “reconhecem agradecidos” o acompanhamento dos pais no seu “percurso religioso e humano”, revela D. Manuel Pelino.
“Descubro jovens que são tocados pelo exemplo e pelos conselhos dos avós; pais que são influenciados e motivados pelo caminho de fé dos filhos; vejo, como a outros, serviu de ajuda o testemunho de amigos”, acrescenta o responsável.
CB/OC