Santarém: Bispo pede exposição diária do Santíssimo Sacramento no Santuário do Santíssimo Milagre

D. José Traquina celebrou eucaristia e procissão a recordar o Milagre eucarístico na cidade

Santarém, 08 abr 2023 (Ecclesia) – O bispo de Santarém presidiu, este domingo, às celebrações festivas do Milagre eucarístico na cidade, pedindo que no Santuário do Santíssimo Milagre se realize diariamente, a partir deste ano, a exposição do Santíssimo Sacramento.

“A partir deste ano em que acontece em Portugal, Braga, o V Congresso Eucarístico Nacional (31 de maio a 2 de junho) seria muito bom que neste santuário do Santíssimo Milagre houvesse diariamente a exposição do Santíssimo Sacramento, isto é, o Sagrado Lausperene”, afirmou D. José Traquina, na eucaristia a que presidiu, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O Lausperene é a exposição continuada do Santíssimo Sacra­mento à adoração dos fiéis, normalmente durante Quarenta Horas, mas, em certos casos, em permanência (na cidade de Lisboa, por voto feito por altura no terramoto de 1755, passando de igreja a igreja; em casas religiosas de grande devoção eucarística) ou por largos períodos de tempo.

O bispo deseja que “este santuário seja a referência permanente de um espaço de oração, espaço de encontro com Cristo” que espera sempre.

Na celebração, D. José Traquina assinalou que “por se tratar de um santuário diocesano, importa cultivar, sem esmorecer, o que é próprio de um santuário: o acolhimento”.

“Acolher bem as pessoas, com tempo, disponibilidade e serenidade espiritual. Outro aspeto que me parece oportuno salientar é que Jesus continua a acolher duplamente: acolhe-nos através da pessoa que nos recebe e acolhe-nos no silêncio do sacrário”, salientou.

Segundo o bispo de Santarém, “o santuário é o espaço consagrado onde o Senhor se encontra”, mas também onde cada um “é chamado a descobrir-se como um ‘santuário’, um espaço sagrado onde podem estar muitos amigos e onde Deus também pode estar”.

A celebração da Eucaristia deve ser sempre motivo de alegria, no santuário exterior da assembleia e no santuário interior que todos têm. A mesma alegria dos discípulos que o Evangelho de hoje nos refere, a mesma alegria que teve Zaqueu, quando Jesus foi ficar em casa dele (cf. Lc 19,1-10), e tiveram os Discípulos de Emaús quando Jesus tomou a refeição com eles (cf. Lc 24,13-35)”.

Na homilia da eucaristia, o D. José Traquina abordou o perdão, a partir do Evangelho, que valoriza a promoção deste ato, “porque existem ofensas”.

O bispo de Santarém fala que “nesta altura, em alta escala, as ofensas são constantes”: “A situação de ódio e vingança expresso em conflitos e guerra em vários países, preocupa o mundo todo”.

“Em Santarém, é neste 2º Domingo da Páscoa que neste Santuário se promove com especial solenidade a celebração da Eucaristia referenciando o milagre eucarístico que aqui se registou no século XIII. Uma oportunidade para valorizarmos e agradecermos o dom do Sacramento da Eucaristia, o grande tesouro espiritual que o Senhor nos deixou, em memória da sua entrega ao Pai e entrega a nós como alimento”, lembrou.

O milagre remonta ao ano de 1247 – quando uma mulher decidiu comungar sacrilegamente e a hóstia teria começado a sangrar – e no ano de 1997, “por decisão do primeiro bispo de Santarém, D. António Francisco Marques, a Igreja de Santo Estêvão foi elevada a Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém”.

Além da eucaristia, o bispo presidiu ainda à procissão, que celebra o acontecimento, durante a qual levou o ostensório com a Relíquia do Milagre Eucarístico.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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