D. Manuel Pelino recomenda estilo da «não-violência» para todos
Santarém, 03 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou no início de 2017 que todos deviam aprender o estilo da «não-violência» proposto pelo Papa, numa intervenção em que identificou “sensibilidade geral à paz”.
“Iniciamos o novo ano fazendo votos de felicidades. Sonhamos sempre com uma realidade melhor e pedimos a bênção de Deus para que nos ajude com a sua graça a alcança-la, a progredir no bem, na fraternidade, na justiça”, disse D. Manuel Pelino, na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, este domingo.
Na homilia da Eucaristia que assinalou o 50.º Dia Mundial da Paz, instituído pelo Papa Beato Paulo VI em 1967, D. Manuel Pelino considerou que “é difícil medir” os progressos feitos na cultura da paz.
“Certamente há uma sensibilidade geral à paz. Embora a violência continue muito ativa”, acrescentou o responsável, para quem o medo dos atentados não diminuiu, mas “tem crescido também a cultura da paz, o compromisso e a oração”.
Neste âmbito, o bispo de Santarém explicou que a cultura da paz pode “crescer ainda mais” pelo estilo da “não-violência” que todos precisam de aprender.
“Face à violência podemos reagir instintivamente com represálias ou novas violências. Dessa forma, desencadeia-se uma espiral de conflitos que só beneficiam os senhores da guerra (ou a nível caseiro dão trabalho aos tribunais). No Evangelho, o caminho para a paz segue o estilo de misericórdia”, desenvolveu.
Como exemplo para a prática da não-violência, o prelado recordou o “fanatismo” no assassinato do padre Jacques Hamel por dois jihadistas em 2016, na França, e as reações “significativas” de “muitos católicos, não católicos, muçulmanos” que condenaram essa morte e “ao mesmo tempo clamado e rezando pela paz”.
Como o Papa Francisco, na mensagem ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’, D. Manuel Pelino disse que a violência “não está só nestes atentados mediáticos” mas também acontece no dia-a-dia nas famílias, nos grupos, nas relações laborais.
Na homilia do 50.º Dia Mundial da Paz, o bispo de Santarém recomendou a não-violência para todos e assinalou que se pessoa examinar a sua “consciência” vai encontrar muitas manifestações “de agressividade e de indiferença”.
CB/OC