Santarém: Bispo destacou ensinamentos dos Magos que tiveram «coragem para se desinstalar e partir»

«Os Magos são a referência de uma verdade comprovada» – D. José Traquina

Santarém, 04 jan 2021 (Ecclesia) – O bispo de Santarém destacou este domingo, diversos exemplos que se aprendem com os Magos, como que para encontrar com Jesus “é necessário fazer uma caminhada”, na Missa da Solenidade da Epifania do Senhor a que presidiu na Sé diocesana.

“Com os Magos, aprendemos que, para nos encontrarmos com Jesus, é necessário fazer uma caminhada. Aprendemos, também, que na profusão das luzes da cidade podemos perder a estrela, a luz de Deus, a fé. Com os Magos, vemos como são importantes a lucidez e o discernimento para lermos as más intenções de todos os Herodes”, disse D. José Traquina.

Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o responsável destacou que os Magos eram “homens com desejo e vontade para encontrar a verdade de Deus”, por isso, tiveram a “coragem necessária para desinstalar e partir”.

Os Magos são a referência de uma verdade comprovada: quando alguém crê firmemente, faz-se luz, aparece a estrela e abre-se um caminho novo”, desenvolveu.

D. José Traquina explicou que os Magos “representam muitas pessoas que vêm de longe”, homens curiosos que “não seguiram os critérios da fortuna, mas antes os sinais dados pelo céu” e arranjaram disponibilidade para “partir em busca da verdade daquela luz maravilhosa da estrela”.

Na Solenidade da Epifania do Senhor, o bispo de Santarém assinalou que os Magos se interessaram “não pela grandeza de Jerusalém, mas pela pobreza de Belém, porque tinham o objetivo de chegar ao Menino recém-nascido”.

“Neles está a afirmação de que todos os povos da terra podem descobrir, em Cristo, a Luz que os ilumina e os faz herdeiros das promessas de Deus. Nesta descoberta, importa sublinhar nos Magos a bondade e a alegria”, referiu.

A partir das liturgia deste domingo, nomeadamente, da leitura da carta de São Paulo aos Efésios D. José Traquina indica que “ensina que na Igreja, Corpo de Cristo, os gentios recebem a mesma herança que os judeus”: “São irmãos porque filhos de Deus pelo Espírito Santo. Assim, a Igreja é chamada a ser Epifania de Deus para todos os Povos, a Igreja tem a responsabilidade de ser a maior fraternidade que há no mundo”.

Alegro-me quando vejo cristãos de outras nacionalidades, com outra cor de pele, a participar na Eucaristia. Agradeço o seu testemunho, vêm de mais longe e não abandonaram a estrela da Fé. É bom sentirem que na Igreja não há estrangeiros, somos todos irmãos”.

A Igreja Católica em Portugal celebrou este domingo a solenidade litúrgica da Epifania, palavra de origem grega significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’; celebra-se a 6 de janeiro em países onde é feriado civil e, nos outros países, assinala-se no segundo domingo depois do Natal.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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