«Pobres e estrangeiros são referência da universalidade da mensagem do Natal», afirma D. José Traquina

Santarém, 15 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Santarém destacou os valores que se levantam no Natal e afirmou que “é valorizada a vida humana, a família”, o cumprimento de deveres e a procura de soluções, na mensagem enviada à diocese.
“É bom acolher o sentido à celebração do Natal e a mensagem que nos oferece. Na origem está o Nascimento de Jesus em Belém, em ambiente de pobreza material mas pleno de Amor e mensagem”, escreve D. José Traquina, na mensagem enviada hoje, dia 15 de dezembro, à Agência ECCLESIA.
O bispo de Santarém explica que a Igreja celebra no Natal o facto de Deus se tornar “presente no mundo como pessoa humana”, e num tempo de guerras, conflitos, violência e exploração humana, “importa celebrar e viver o Natal como oportunidade para valorizar a pessoa humana”, seja qual for a sua idade ou nacionalidade, “e reconhecer a proximidade e beleza de Deus no rosto de uma criança”.
D. José Traquina destaca vários valores que se levantam e afirma que no Natal “é valorizada a vida humana”, “é valorizado o cumprimento de deveres”, e a procura de soluções e “é valorizada a humildade”.
“É valorizada a vida humana ainda que em situação de pobreza, é valorizada a Família que tem o amor como força e critério para resolver os problemas, é valorizado o cumprimento de deveres, porque foi para cumprir um dever que Maria e José se deslocaram a Belém, é valorizada a procura de soluções, como aconteceu com José, é valorizada a humildade como virtude para enfrentar a vida com esperança apesar das contrariedades”, explicou.
Para o bispo diocesano, outro valor a considerar são “as notícias boas e verdadeiras”, observa que “não é saudável desprezar boas notícias e gastar fortunas a informar desgraças”, e realça que o mundo “necessita de mediadores e anunciadores do bem e da paz”.
“Os que se preocupam e transportam boas notícias de paz e de esperança, são como os anjos que foram anunciar aos pastores de Belém: “Não tenhais medo! Eis que vos anuncio uma boa notícia que será uma grande alegria para todo o povo” (Lc 2,10)”, acrescentou, indicando que é para os pobres de todos os tempos.
“O Nascimento de Jesus é esperança assegurada de que é possível uma sociedade mais humana, justa e fraterna. Foram visitar o Menino no presépio os pastores de Belém e os magos do oriente. Assim, pobres e estrangeiros aproximaram-se de Jesus, Maria e José, e são referência da universalidade da mensagem do Natal”, desenvolveu D. José Traquina, que é também o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana na Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Segundo o bispo de Santarém, “o Natal traduz o melhor da proximidade humana”, Deus tornou-se próximo e deu o exemplo que “muitos desafios da vida se resolvem com proximidade”, e na mensagem de Natal aos seus diocesanos deseja a todos os cristãos os votos de Santo Natal, “na alegria da Fé e na dedicação e proximidade que exprimam o Amor e a ternura do Natal”.
“Uma saudação especial para as pessoas com deficiência, para os idosos dependentes, para os doentes e para os que deles cuidam”, termina D. José Traquina, com as “Boas Festas de Natal”.
A Igreja Católica está a celebrar o tempo do Advento, que marca o arranque de um novo ano no calendário litúrgico, englobando os quatro domingos anteriores à solenidade do Natal.
CB/PR
