Santarém, 10 dez 2015 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou que a o Papa abriu a porta da misericórdia para “mostrar como o perdão é oferecido a todos gratuitamente”,.
“O perdão transforma as pessoas, vence o mal, leva a um novo começo”, disse D. Manuel Pelino, na Sé de Santarém, esta terça-feira, na homilia da Solenidade da Imaculada Conceição, sobre a abertura da “Porta Santa” com que o Papa deu início ao Jubileu (8 de dezembro 2015 – 20 de novembro de 2016).
Na homilia da Solenidade da Imaculada Conceição enviada à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que Maria é o “sinal da misericórdia de Deus” que promete a vitória da santidade sobre o pecado.
“Na sua infinita misericórdia Deus responde ao pecado com o perdão. Na verdade, o perdão vence o pecado e possibilita um novo começo”, frisou o bispo de Santarém.
Segundo D. Manuel Pelino, o Papa quis associar o Jubileu da Misericórdia ao Concílio Vaticano II dando início a este Ano Santo Extraordinário nos 50 anos da conclusão da reunião ecuménica (a 8 de dezembro de 1965).
“Este significou para a Igreja um percurso novo da sua história”, citou da Bula papal “Misericordia vultus” (‘O Rosto da Misericórdia’) (4), que é uma orientação na “vivência deste Jubileu extraordinário”.
“Podemos designar este novo período como o tempo da misericórdia pois desde o discurso de abertura do Concílio, feito pelo Papa João XXIII, até à conclusão presidida por Paulo VI, inaugurou na Igreja o novo estilo da misericórdia para se tornar no mundo um sinal vivo do amor, do perdão e da reconciliação”, desenvolveu D. Manuel Pelino.
A partir das leituras da Solenidade da Imaculada Conceição, o bispo de Santarém alerta que todos herdaram a “vulnerabilidade à sedução do mal”, todos têm calcanhares atingidos estando “envolvidos pelo ciclo do pecado”.
“É forte a sedução do mal, reina na nossa cultura grande confusão entre mal e bem. O mal é apresentado como bem, nós próprios justificamos o mal que há em nós e mostramo-nos rigorosos e intransigentes com o mal que vemos nos outros”, afirmou.
Segundo o prelado, em Eva e Maria vê-se a exemplificação de “duas formas de orientar a vida” e incentivou a acolher “como Maria o dom de Deus”.
O prelado revelou que este acolhimento pode ser feito cultivando a “riqueza interior, no silêncio, na escuta, na meditação”.
“Lutemos contra a dispersão e o ruído interior. Reservemos tempo (ao menos 5 minutos dia) para escutarmos a palavra de Deus e rezar. Na luz de Deus encontramos luz para descobrir as nossas fragilidades e caminhar na purificação”, concluiu o bispo de Santarém.
CB/OC