D. José Traquina sugere «cinco minutos de silêncio por cada dia diante do Senhor», durante a Semana Santa
Santarém, 14 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirmou que Jesus se identificou “com as pessoas mais injustiçadas, abandonadas” ao assumir “a humanidade na situação de maior sofrimento e injustiça”, na homilia da celebração dos Ramos, que presidiu, este domingo, na Sé.
“Sem revolta interior, rejeitando a sua defesa pela violência, Jesus assume a humanidade na situação de maior sofrimento e injustiça, identificando-se com as pessoas mais injustiçadas, abandonadas, não consideradas, não respeitadas, sem valor social”, disse D. José Traquina, na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O bispo de Santarém explicou que Jesus, “por fidelidade”, resistiu à tentação da solução defensiva e “opta por uma entrega, sem resistência, pensada em favor da humanidade inteira”.
“Embora tenha aceite as manifestações jubilosas das crianças e jovens que o aclamaram Rei e Messias, Jesus rejeitou o triunfalismo pessoal e abraçou a condição humilde enfrentando a injustiça do mundo”, acrescentou, explicando que “mantém a confiança no Pai a quem deseja entregar toda a humanidade nas suas mãos”.
Segundo D. José Traquina, Jesus assumiu-se como “o Messias prometido e enviado pelo Pai”, mas rejeitou ser um rei deste mundo, por isso, a sua entrada em Jerusalém aconteceu “montado num jumentinho, sinal de humildade associada a grande alegria manifestada por aqueles que o acompanhavam”.
“Durante esta Semana, sugiro cinco minutos de silêncio por cada dia diante do Senhor; não é pedir muito para reconhecermos e acolhermos a força e a graça da sua fidelidade. Que esta Semana seja santa pela densidade da Fé, da oração e da união a Cristo.”

A Igreja Católica iniciou, com a celebração dos Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, que assinala a ressurreição de Cristo, a mais importante festa do calendário católico.
A Diocese de Santarém informa que a celebração começou com os ritos iniciais da Missa de Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, com a bênção dos ramos e a leitura do Evangelho que relata a entrada de Jesus em Jerusalém, na igreja de Marvila, de onde seguiram em procissão até à catedral.
CB/OC