D. José Traquina assinalou festa litúrgica da Sagrada Família e encerrou o Jubileu 2025 na diocese

Santarém, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Santarém, D. José Traquina, presidiu este domingo, na Sé da cidade, à Missa de encerramento do Ano Santo 2025 na diocese, denunciando o individualismo que marca a sociedade com a desvalorização da família.
“O ambiente cultural que se desenvolveu na nossa sociedade, não privilegia o valor da Família. Cresceu o individualismo. Assim, um dos efeitos é a redução de nascimento de crianças”, afirmou D. José Traquina, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.
No entanto, na festa litúrgica da Sagrada Família, o bispo de Santarém salientou que “para as pessoas de outras origens os filhos são a sua riqueza e a sua esperança” e, por isso, em Portugal se regista “um ligeiro aumento de nascimento de crianças, graças às famílias de migrantes”.
“Ao abordarmos o tema da família algumas pessoas podem sentir incómodo porque não tiveram êxito na experiência matrimonial. É bom lembrar que Deus nos ama a todos e na Igreja somos a nova Família de Jesus”, recordou.
Partindo da 1ªleitura, tirada do Livro de Bem Sira, do Antigo Testamento, D. José Traquina aludiu ao 4ºMandamento da Lei de Deus, destacando que “honrar significa dar valor! Honrar o pai e a mãe é valorizar o que eles são!”.
“Na perspetiva de Jesus, Novo Testamento, honrar pai e mãe não é apenas um dever social confirmado pelo 4º mandamento, é também a possibilidade de se tornar presente na terra o Reino de Deus. Isto é, o Reino de Deus torna-se presente no coração e na vida daqueles que se preocupam com o seu familiar idoso e doente”, referiu.
O bispo de Santarém lembrou também o exemplo do apóstolo, na 2ºLeitura de São Paulo aos Colossenses, que oferece um “conjunto de ensinamentos que podem ser referência para quem quer ter bom ambiente em casa”.
A felicidade e o bom crescimento de todos os membros da família depende do relacionamento que nela existe. Por isso, é de extrema importância que se promova a sinodalidade em família; a oração, a escuta mútua, a revisão de vida, a avaliação do caminho realizado e se proceda às retificações ou inovações necessária”, defendeu.
Na homilia, o bispo de Santarém convidou a agradecer o ano jubilar, em que “houve a coincidência entre o Jubileu do Cinquentenário da criação da Diocese e o Jubileu do Ano Santo 2025”.
“O apelo à peregrinação, à oração e à confissão estiveram presentes em número significativo de pessoas e também os jovens tiveram a sua peregrinação e celebração na Catedral presidida pelo bispo da Diocese”, realçou.
D. José Traquina caracterizou o Ano Santo 2025 como uma “oportunidade” e desejou que continue a “dar frutos” como apelo à qualidade da “vida de cristãos, individualmente e em comunidade, tendo presente que a vida espiritual requer cuidados” para que cada um não perca o revigoramento da “vocação e missão”.
Convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o Ano Santo encerrou-se este domingo nas dioceses de todo o mundo.
O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.
LJ/OC
