«Foi muito interessante, porque esta assembleia, nesta modalidade, foi muito sustentada por leigos interessados» – D. José Traquina
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Santarém, 05 out 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Santarém realizou uma assembleia diocesana, centrada no ano jubilar diocesano, onde os participantes reuniram em grupos, num método sinodal, na manhã deste sábado, dia 5 de outubro, no antigo convento de São Francisco.
“Foi muito interessante, porque esta assembleia, nesta modalidade, foi muito sustentada por leigos interessados. E com a sua ajuda, com o seu gosto de estar, promoveu-se aqui uma segunda parte da assembleia, um tempo de escuta, de seguir a metodologia de respeitabilidade na escuta, de revisão do que se disse, de uma síntese de todas as intervenções”, disse o bispo de Santarém, D. José Traquina, em declarações à Agência ECCLESIA.
“Eu acho que é extremamente importante este estilo sinodal para aproximar mais as pessoas, porque ser Igreja, ao contrário do que se vinha pensando até aqui é estar junto, é conviver, é união, é fraternidade, é alegria de estar e de ser um com o Nosso Senhor”, acrescentou a leiga Carla Marques, da Paróquia de Alpiarça.
Após o acolhimento, os participantes da assembleia diocesana de Santarém organizaram-se por grupos e receberam o programa pastoral do jubileu dos 50 anos da criação da diocese escalabitana.
O diácono permanente Paulo Campino explicou que a reunião se realizou desta forma também com a “funcionalidade de despertar” para “as prioridades que a diocese deve assumir para os próximos cinco anos”, de “seis prioridades, de seis preocupações” elaboradas no trabalho sinodal realizado em Santarém.
“Estamos a pedir destes seis – a pastoral com os jovens, da família, a formação, o modo de ser Igreja, as realidades sociais que estão à nossa frente, o modo como celebramos a fé -, quais são aqueles dois que achamos que são o mais prioritário e como é que podemos implementar”, desenvolveu, salientado que “é impossível trabalhar todos”.
D. José Traquina contou que no seu grupo “o sentido da formação cristã foi muito sublimado”, o interesse pela formação dos cristãos “em várias especificidades e em várias idades”, a pastoral familiar e a pastoral juvenil “como duas dimensões que é preciso cuidar e valorizar”.
“O valor da proximidade foi muito valorizada, como algo que muito nos humaniza e nos ajuda a ser melhores cristãos, uma coisa já existente e a não perder, a dar continuidade ao sentido da proximidade: Proximidade entre as pessoas, proximidade na formação”, acrescentou o bispo de Santarém.
Paulo Campino referiu que, “a pouco a pouco”, se vai assumindo este estilo sinodal e o “grande desejo é que todos se sintam Igreja”, e que cada um possa participar enquanto batizado, “mas isto leva tempo, já se sente, mas leva tempo”.
O bispo de Santarém lembrou que esta reunião se realiza anualmente pelo início do novo ano pastoral, mas, este ano quiseram “sintonizar com aquilo que está a acontecer em Roma, com o Papa Francisco, na segunda e última sessão da XVI Assembleia Sinodal, sobre a sinodalidade na Igreja, e puseram também “em prática”.
Para Carla Marques, da Paróquia de Alpiarça, na Vigararia de Almeirim, este diálogo e este conhecimento que se realiza também ao nível do pequeno grupo é “extremamente importante” para que “todos consigam ter uma palavra a dizer”, se sintam acolhidos de todas as formas, “porque isto é mesmo ser Igreja”.
HM/CB