Assembleia geral dos institutos seculares conclui-se hoje em Roma
Roma, 25 ago 2016 (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé) afirmou que o “diálogo constante” com a sociedade faz com que a vocação a um Instituto Secular “atue como um serviço”.
“O que é diferente vem pelo fundador, pela forma de vida do instituto, o que é comum é o seguimento de Jesus e o diálogo constante com a sociedade”, resumiu D. João Braz de Aviz, sobre pontos comuns e diferenças aos Institutos Seculares.
Segundo o cardeal brasileiro o relacionamento com a cultura, “com o momento histórico, com os problemas da sociedade” são fundamentais para a vocação e é esse “diálogo constante” que faz com que “a vocação atue com um serviço” no tempo e momento atual.
As declarações do prelado realizaram-se no contexto da Assembleia Geral da Conferência Mundial de Institutos Seculares (CMIS) que está a refletir sobre formação e identidade, até hoje, no Centro Salesiano em Roma.
O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica começou assinalar que existem pontos comuns a todos os institutos seculares que o Concílio Vaticano II “pôs em evidência” e que devem ser “realizados porque são fundamentais”.
O primeiro, enumerou, é que toda a consagração parte “da experiência batismal”, ou seja, é preciso “ser discípulo de Jesus”: “Aprender a ser discípulo pelo Evangelho, pelo que Jesus pede, viver segundo o Evangelho é a primeira condição que não é tirada de ninguém.”
Depois, D. João Braz de Aviz observou que segue-se Jesus através de alguém que fundou o instituto seculares, que são muitos e cada um “tem o seu carisma própria e toca particularmente um aspeto da vida humana e da vida eclesial”, um aspeto que é diferenciador.
O terceira ponto que é comum a todos é que “como o Senhor” os consagrados também têm de ser pessoas “muito situadas no tempo e espaço”.
“Deus não falou de um modo único para todos os homens e todas as mulheres. Ele falou sempre situado no tempo”, sublinhou o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica à Rádio Vaticano.
Segundo a emissora católica estarão na capital italiana mais de 140 participantes de 25 países dos cinco continentes, que hoje tiveram oportunidade de estar em audiência com o Papa Francisco durante a habitual audiência pública com os peregrinos.
Os participantes vão eleger ainda o seu novo conselho consultivo e tiveram oportunidade de debater temas como “a laicidade como sede natural da formação e as novidades emergentes de diferentes culturas e continentes”.
A assembleia geral da CMIS assinalou também o 70.º aniversário do documento ‘Provida Mater Ecclesia’, a Constituição apostólica sobre Institutos seculares assinada pelo Papa Pio XII, em 1947.
A Conferência Mundial de Institutos Seculares foi fundada em 1972, recebeu aprovação da Santa Sé dois anos depois, e tem como objetivo organizar a colaboração entre os Institutos Seculares para que sejam “um fermento mais eficaz para consolidar e desenvolver o Corpo de Cristo”, como escreveu o Papa Paulo VI no decreto ‘Perfectae Caritatis’, sobre a adequada renovação da Vida Religiosa.
CB