Santa Sé recorda crianças que sofrem violência

O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, uniu-se esta Quarta-feira ao apelo feito aos governos de todo o mundo, pelos milhões de crianças que sofrem violência Este drama “não tem de fronteiras geográficas ou sociais”, alerta Valério Néri, director-geral da “Save the Children” na Itália. Este responsável fala de “milhões de menores, também dos países denominados avançados”, atingidos por um drama que tem as suas raízes “numa cultura e comportamentos que não reconhecem a criança como portadora de direitos e como pessoa a quem é preciso escutar com grande atenção”. O jornal fala de mais de 250 mil meninos e meninas “soldados”; 275 milhões de crianças assistem a episódios de violência doméstica (“com consequências psicológicas devastadoras, que podem marcá-las durante a vida inteira”); 218 milhões de crianças obrigadas a trabalhar – portanto, sem possibilidade de se dedicar ao estudo; mais de 126 milhões utilizadas em actividades perigosas e, portanto, intrinsecamente violentas; 5,7 milhões de crianças forçadas a trabalhar como pagamento de dívidas; 1,8 milhões envolvidas em prostituição e pornografia; 1,2 milhões vítimas do tráfico de menores para exploração sexual. “É necessário combater, mas também prevenir qualquer forma de violência. Portanto, pedimos aos governos que proíbam explicitamente todas as formas de violêncio”, refere Valério Néri ao jornal vaticano Entrevistado sobre este drama da infância, o Cardeal Renato Raffaele Martino – presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, denuncia que permanecem porresolver ou “inclusive agravam-se alguns terríveis aspectos como o tráfico de crianças, o trabalho de menores, o fenómeno dos ‘meninos de rua’, a utilização de menores em conflitos armados, o casamento forçado de meninas, o uso dos menores no comércio de material pornográfico”. “Combater tais actos criminosos continua a ser uma tarefa prioritária e irrenunciável de qualquer autoridade”, alerta. Redacção/Zenit

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