Responsáveis de Conselho Pontifício condenam tratamento político e mediático dado a estas pessoas O Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes (CPPMI), da Santa Sé, divulgou uma homilia do seu presidente, D. Antonio Maria Vegliò, na qual este responsável defende que os políticos, as instituições, as comunidades cristãs e os media devem aprender a olhar com outros olhos os imigrantes. “Eles merecem respeito, admiração e gratidão”, apontou.
Comentando a polémica surgida na Itália a respeito das políticas migratórios de Berlusconi, D. Vegliò assume que a presença dos imigrantes “é preciosa e indispensável nas cidades italianas”.
Numa celebração que decorreu na Basílica de S. João de Latrão, em Roma, o presidente do CPPMI garantiu aos imigrantes “o nosso empenho para que as nossas paróquias e comunidades cristãs e todos os ambientes civis e políticos, olhem para vocês com olhos diferentes”.
Já o secretário deste Conselho Pontifício, D. Agostino Marchetto, denunciou em Roma que as políticas imigratórias de alguns países desenvolvidos incentivam muitas pessoas a procurar “alternativas irregulares”, como o tráfico de seres humanos.
D. Marchetto afirmou que o Vaticano aprecia os esforços empreendidos por vários sectores para combater este tipo de crime, “um problema com múltiplos aspectos e um dos fenómenos mais vergonhosos da nossa época”.
Há pouco mais de uma semana, a Itália passou a repatriar ainda em alto-mar imigrantes detidos ou socorridos em embarcações interceptadas nas costas do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) é contrário à medida, considerando que os estrangeiros têm o direito de pedir asilo político ao país, o que pode ser feito apenas ao tocar o solo italiano.
(Com Rádio Vaticano)