O observador permanente da Santa Sé junto das organizações das Nações Unidas em Genebra, D. Silvano Maria Tomasi, defendeu a necessidade de uma política integrada para enfrentar o fenómeno migratório, definido como “a face humana do processo de globalização”.
O prelado participa na 98ª Sessão do Conselho da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que se conclui hoje na cidade suíça.
De forma especial, o Arcebispo italiano recordou que muitos países de todos os continentes convivem com a presença de migrantes em situação irregular, uma realidade que ainda “vai durar muito tempo”, enquanto a insegurança provocada pela degradação do meio ambiente, pelas violações dos direitos humanos, pelas guerras e pela falta de oportunidades persistir.
“A necessidade é o factor comum que leva as pessoas a abandonarem o próprio país e emigrar, mas as normas que definem o estatuto dessas pessoas são aplicadas de maneira diferente e, nalguns casos, são ignoradas. Este é o desafio das organizações internacionais, dos governos e das sociedades civis”, disse D. Tomasi.
Ao qualificar como “ineficazes” as políticas de controlo dos fluxos migratórios, o Arcebispo convidou os Estados a uma “nova estratégia”, feita de legalização, pedindo aos organismos internacionais que elaborem novas categorias para redefinir conceitos como refugiado, migrante forçado, voluntário ou deslocado.
(Com Rádio Vaticano)