Santa Sé pede desarmamento “geral e completo”

Resposta às ameças a este processo não pode ser unilateral A Santa Sé pediu ontem na ONU que se estimule uma cultura de respeito pela vida humana de forma a poder sonhar-se com um “desarmamento geral e completo”. O observador permanente nas Nações Unidas, arcebispo Celestino Migliore, disse no I Comité da Assembleia Geral da ONU sobre desarmamento que este organismo tem um papel fundamental “para criar uma cultura de paz”. “É preciso recusar a violência, promover a liberdade, a justiça, a solidariedade, a tolerância e a aceitação das diferenças, desenvolvendo uma melhor compreensão e harmonia entre grupos étnicos, religiosos, culturais e sociais”, referiu o representante vaticano. Após chamar a atenção para as ameaças que constituem o terrorismo e a proliferação das armas de destruição maciça, o arcebispo recordou que o desarmamento só se consegue “através de iniciativas e acordos multilaterais”, numa clara crítica a actuação da administração norte-americana em conflitos recentes em que se pedia uma “mudança de atitude”. Para a Santa Sé, “todos os passos que devem ser tomados para o desarmamento podem parecer impossíveis, mas são necessários para construir a paz e combater todas as ameaças à nossa paz e segurança colectivas, garantindo a sobrevivência da humanidade”.

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