Discurso do presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais no Congresso Mundial da União Católica Internacional de Imprensa O Arcebispo John P. Foley, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, pediu aos participantes do Congresso Mundial da União Católica Internacional de Imprensa (UCIP) que respondam às tendências dominantes do “secularismo dogmático” e do “sectarismo fundamentalista”. O prelado recordou que a data de nascimento do UCIP e de outras muitas organizações foi a época da ascensão ao poder do fascismo na Itália, da tomada de poder do comunismo na Rússia e da força crescente do nazismo na Alemanha, e quando “as correntes intelectuais na França, Espanha e Inglaterra mostravam pouca simpatia pela Igreja Católica e o anti-catolicismo se difundia na sociedade norte-americana”. Transpondo a situação para o início do séc. XXI, D. Foley assinalou que “vivemos em ambientes onde o secularismo dogmático ou o sectarismo fundamentalista é frequentemente hostil à fé católica e à mescla de devoção cristã e dedicação profissional dos jornalistas católicos”. Nesse sentido, o responsável da Santa Sé para os Media vincou que “necessitamos de uma organização profissional católica que respeite e afirme a nossa dupla vocação, como cristãos católicos e como profissionais da comunicação”. O congresso trienal da UCIP está a realizar-se em Banguecoque, Tailândia, de 12 a 16 de Outubro o com o tema “Os meios de comunicação social e o desafio do pluralismo cultural e religioso, em busca de uma nova ordem social, pela justiça e pela paz”. A iniciativa dá continuidade ao tema do último congresso, realizado em 2001, em Friburgo, Suíça, dedicado aos desafios da informação globalizada. Cerca de mil jornalistas, editores, docentes e estudiosos católicos da comunicação, provenientes de mais de 100 países estão reunidos para “confrontar as próprias experiências e discutir a melhor maneira de exercer a sua profissão, ao serviço da humanidade e da Igreja universal, e sobre como difundir, de modo mais eficaz, os valores do Evangelho, contribuindo assim para a construção de uma nova ordem social mundial, mais justa e pacífica”.