Santa Sé exige protecção para o património religioso cultural

A Santa Sé exigiu mais protecção para o património religioso cultural, considerando que o respeito pela diversidade cultural implica o reconhecimento da “importância da religião”. A posição foi assumida esta semana pelo observador da Santa Sé na UNESCO, D. Francesco Follo, durante o encontro do conselho executivo da organização, em Paris. Esta agência das Nações Unidas tem vindo a trabalhar sobre um documento relativo à promoção da diversidade e das trocas culturais. Alguns países reconhecem “a herança cultura do interesse religioso” e D. Follo insiste na necessidade de proteger “os tesouros culturais e artísticos que a Igreja Católica e outras religiões encaram como testemunhos de fé”, sendo utilizados para o culto ou outros ritos. Por tudo isto, a Santa Sé espera que a UNESCO reconheça e admita na Convenção sobre a promoção da diversidade dos conteúdos culturais e das expressões artísticas também os bens culturais de interesse religioso. D. Follo recordou a afirmação de João Paulo II que não é possível reduzir a questão do pluralismo dos conteúdos e das expressões culturais a um problema de gestão de bens e de serviços numa simples óptica de mercado. A Igreja considera os bens culturais de interesse religioso, como um veiculo de um património de valores e de sensibilidade. “Embora não podendo reduzir a Religião a um fenómeno cultural, existe uma relação vital entre a cultura e Religião que não pode ser negado e que tem direito a ser defendido nas suas manifestações pela Convenção da UNESCO em fase de elaboração”, sublinhou o representante católico.

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