Os reis da Espanha, Juan Carlos e Sofia, acolheram ontem no Palácio Real de Madrid o Rei da Arábia Saudita, Abdalá Bin Abdulaziz Al Saud. O rei saudita é o promotor da Conferência Mundial para o Diálogo Inter-religioso, que decorre até ao próximo dia 18, na capital espanhola, com a participação de 300 líderes religiosos. A conferência discute a importância do diálogo e os males do terrorismo, da injustiça e do uso de substâncias estupefacientes, bem como outros “dramas da humanidade”. A Conferência é dividida em quatro eixos temáticos: o diálogo e as suas origens religiosas e civis; a importância do diálogo na convivência pacífica e nas relações internacionais; a importância da religião na luta à criminalidade, à corrupção e à difusão da droga; e, por fim, o futuro do diálogo e o esforço dos Estados e das organizações mundiais em reforçá-lo e combater os seus obstáculos. A iniciativa conta com a adesão da Santa Sé, por meio do Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, e do Grão Rabinato de Israel. O Cardeal Tauran assinala, no jornal L’Osservatore Romano, que “hoje a religião mete medo, muitos pensam que as guerras e a violência estão ligadas às religiões”. Nesse contexto, deixa votos de que a conferência de Madrid “faça entender às pessoas que as religiões estão ao serviço do homem e não contra o homem”. (Com Rádio Vaticano)