Santa Sé e Governo do Reino Unido reforçam colaboração

Educação, desenvolvimento e ecologia são campos com preocupações comuns

Representantes da Santa Sé e do governo do Reino Unido aproveitaram a visita de Bento XVI a este país para reforçar laços bilaterais de cooperação em áreas como a ajuda ao desenvolvimento, a educação ou a defesa do ambiente.

Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, a questão esteve em debate no breve encontro deste Sábado, 18 de Setembro, entre o Papa e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Bento XVI encontrou-se hoje durante vinte minutos com Cameron, a quem apresentou as condolências pela morte do pai, bem como com o o segundo membro do governo de coligação, Nick Clegg, e o líder da oposição trabalhista, Harriet Harman.

Clegg foi acompanhado pela sua mulher, a espanhola Miriam González e os três filhos, católicos.

Harriet Harman, afirmou, depois de se reunir com o Papa que tinham falado das “lutas a favor da justiça social nas quais estiveram juntos católicos e trabalhistas”.

“Tudo correu como previsto, num breve, familiar e amigável conversa”, referiu o padre Federico Lombardi, a respeito dos encontros.

Durante as reuniões, no palácio da Arqudiocese de Westminste, em Londres, houve espaço para uma troca de presentes, na qual o Papa ofereceu aos políticos algumas medalhas do pontificado.

David Cameron ofereceu uma cópia da primeira edição da “Apologia” do Cardeal Newman, datada de 1864, acompanhada por um recorte de imprensa sobre uma cerimónia a que o Cardeal presidiu em Birmingham, onde este Domingo vai decorrer a sua beatificação.

Na noite de Sexta-feira tivera lugar uma recepção oficial do Governo do Reino Unido à delegação da Santa Sé que acompanha o Papa, com a presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros, William Hague, e do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano.

Em comunicado conjunto, os participantes assinalam o compromisso das duas partes em “pôr fim à pobreza e ao subdesenvolvimento”, apontando o dedo aos “sofrimentos desnecessários provocados pela fome, as doenças e o analfabetismo”.

Octávio Carmo, Agência ECCLESIA, em Londres

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