Começou ontem, em Freising, na Alemanha, o 6º Congresso Mundial de Pastoral Cigana. Até ao próximo dia 4 de Setembro, estarão reunidos responsáveis e agentes da pastoral cigana do mundo inteiro, numa organização do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, em colaboração com a Conferência Episcopal alemã. O Cardeal Martino, na saudação de abertura, explicou, aos participantes, que “este congresso reserva um lugar privilegiado, enquanto vos considera como uma riqueza para a Igreja e para a sociedade”, numa alusão especialmente dirigida ao jovens. O Cardeal Martino recordou que tanto João Paulo II como Bento XVI insistiram na importância dos jovens para a Igreja e para a sociedade. “A Igreja tem necessidade do vosso idealismo e de vossa generosidade, da fé jovem”, relembrou, evocando a mensagem de Bento XVI aos jovens, em Sydney, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude. O Cardeal destacou as “precárias condições de vida e falta de oportunidades de formação e de trabalho”, como os problemas a enfrentar nos dias de hoje. Uma situação que provoca muitos sentimentos de desigualdade e “perda de confiança em si mesmos, na família, nas instituições políticas, jurídicas e educativas, tanto sociais como eclesiais”. Perante esta situação de discriminação, “a Igreja não pode ser indiferente”, mas “todos os cristãos devem assumir as suas próprias responsabilidades no respeito à dignidade e os direitos de todo ser humano”. “Ccabe aos governos e aos organismos internacionais a protecção da dignidade e da identidade de todo ser humano e da humanidade inteira”. O Cardeal Martino referiu que, apesar de actualmente haver uma “considerável abertura e interesse em relação às populações ciganas por parte de organizações internacionais e nacionais, continuamos a assistir a uma inflexibilidade e a posturas ambíguas por parte de alguns governos, que não podemos deixar de lamentar”. O congresso deverá servir para “renovar o nosso empenho e nossa vontade de servir o próximo com caridade e amor”. Redacção/Zenit