Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício dedicado a esta área, destaca importância dos crentes trabalharem «em conjunto»
Viena, 27 nov 2012 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (CPDI) participou esta segunda-feira na Áustria na inauguração de um novo centro dedicado a esta área, saudando a sua importância para a realização plena das pessoas.
Numa mensagem transmitida durante a cerimónia de inauguração do Centro para o diálogo inter-religioso rei Abdullah Bin Abdulaziz, organismo com sede em Viena e que a Santa Sé apoia como membro “observador fundador”, o cardeal Jean-Louis Tauran referiu que esta estrutura “abre novas perspetivas” à preservação dos “direitos humanos fundamentais”.
“Este centro representa mais uma oportunidade de diálogo, particularmente ao nível de todos os aspetos que envolvem a liberdade religiosa, de cada pessoa, de cada comunidade, em todo o mundo”, salientou o prelado francês.
O novo projeto, promovido pelo rei Abdullah, da Arábia Saudita, apresenta-se como uma instituição independente, reconhecida pela Organização das Nações Unidas, com a finalidade de “promover o diálogo entre as culturas e religiões mundiais, e tem como “Estados fundadores” – para além da nação árabe e do Vaticano – a Áustria e a Espanha.
No conselho de administração do centro vão estar incluídos representantes católicos, judaicos, islâmicos, hindus e budistas, sendo que a Santa Sé estará presente através do padre Miguel Angel Ayuso Guixot, atual secretário do CPDI, que vai acumular esse cargo com o de observador no novo centro.
Depois de transmitir a todos os membros “as saudações e votos de sucesso do Papa Bento XVI”, o cardeal Jean-Louis Tauran assegurou que “a Santa Sé está particularmente atenta ao destino das comunidades cristãs em países onde a liberdade não é devidamente salvaguardada”.
Com o novo centro de pesquisa, “e quando possível em cooperação com outras organizações”, apontou aquele responsável, será mais fácil “verificar a autenticidade” de “informações, novas iniciativas, aspirações e possivelmente também de alguns falhanços” que forem surgindo neste campo.
Independentemente da sua religião, “os crentes devem trabalhar em conjunto para garantir tudo aquilo que serve de suporte às aspirações materiais, morais e religiosas da pessoa humana”, sustentou o presidente do CPDI, colocando a tónica no contributo que a fé tem para a “felicidade” do Homem.
O sucesso no diálogo inter-religioso, acrescentou, implica “respeito pelo outro na sua especificidade, conhecimento recíproco das tradições religiosas de cada um, especialmente através da educação, e colaboração para que a peregrinação humana em direção à Verdade se realize na liberdade e na serenidade”
JCP