A questão dos refugiados palestinos é uma “realidade trágica”, declarou em Nova York o arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.
O prelado interveio na 64ª sessão da Assembleia Geral da ONU sobre “O Gabinete de socorro e de trabalhos das Nações Unidas para os refugiados da Palestina e do Próximo Oriente (UNRWA)”.
A agência, recordou, foi instituída como corpo temporário das Nações Unidas para servir os refugiados palestinos até que a sua situação se resolvesse de forma justa. A sua própria existência, revela, é “a lembrança de que a questão dos refugiados palestinos continua sem ser resolvida”.
Para D. Migliore, trata-se de uma trágica realidade, que sublinha que a resolução do conflito palestino-israelita é “fundamental para pôr fim a muitas situações que provocam o caos na região do Médio Oriente e que têm sérias repercussões no âmbito mundial”.
O prelado lamentou o fracasso das duas partes envolvidas em “empenhar-se num diálogo significativo e substancial e discutir soluções para dar estabilidade e paz à Terra Santa”.
“À luz de numerosos episódios de violência e dos desafios da livre circulação, colocados pelo Muro de Segurança, a Santa Sé renova o seu apoio às medidas garantidas no âmbito internacional para assegurar a liberdade de religião e de consciência aos habitantes e um acesso permanente, livre e sem obstáculos aos Lugares Santos por parte dos fiéis de toda religião e nacionalidade”, acrescentou.
Redacção/Zenit