Santa Sé deixa apelos em favor das crianças

O Secretário de Estado do Vaticano deixou ontem um apelo à “generosidade das pessoas”, em particular quando estão em questão as crianças. O Cardeal Bertone falva no hospital pediátrico Bambino Gesù, de Roma, propriedade da Santa Sé, onde levou votos natalícios do Papa. Aos adultos, pediu que “amem cada vez mais as crianças de todo o mundo e façam todos os possíveis para melhorar esta nossa sociedade, a fim de que não seja uma selva obscura, mas um jardim”. Já na semana passada, a Santa Sé pedira nas Nações Unidas um mundo no qual as crianças “possam ser crianças”. O Arcebispo Celestino Migliore, observador do Vaticano na ONU, interveio na Assembleia-Geral para analisar os progressos no “compromisso de criar um mundo adequado para as crianças”. “«A Convenção de Direitos da Infância continua a ser o padrão na defesa dos direitos das crianças”, observou o arcebispo, recordando o texto aprovado na Assembleia-Geral de 1989, que inclui princípios fundamentais, como os direitos antes e depois do nascimento, a família como ambiente natural para o crescimento e a educação, assim como o direito da criança a uma melhor atenção à saúde e educação possíveis. O Arcebispo italiano recordou que a Igreja Católica mantém em funcionamento, actualmente, mais de 250 000 escolas em todos os continentes, com 42 milhões de estudantes e 3 milhões e meio de professores. “Reconhecendo que a pobreza crónica continua a ser o maior obstáculo para responder às necessidades das crianças, ajudar os que trabalham através da instrução é fundamental para conseguir que possam acabar com o ciclo de extrema pobreza e chegar a ser conscientes de seu valor e de sua dignidade”, indicou. O compromisso da Santa Sé a favor das crianças, acrescentou o observador permanente, reflecte-se também na grande quantidade de actividades que mantém no sector de saúde, com “milhares de instituições empenhadas na assistência e na educação dos órfãos, nas campanhas de prevenção da Sida, na distribuição de antibióticos, na assistência à saúde e na alimentação básica, na prevenção da transmissão viral mãe-filho, na luta contra a estigmatização e no fazer que as pessoas portadoras do HIV sejam protagonistas na batalha contra a epidemia”. Redacção/Zenit

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