O representante da Santa Sé no Conselho de Direitos Humanos da ONU condenou a ridicularização das convicções religiosas e a “falta de respeito por personalidades e símbolos” da fé de milhões de pessoas.
O Arcebispo Silvano Tomasi, representante da Missão Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Genebra, falava durante a 13 ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, que abrange questões de racismo, discriminação racial, xenofobia e formas de intolerância.
Este responsável centrou o seu discurso no tema das perseguições religiosas a minorias, lamentando episódios de “discriminação e assassinatos”.
A conotação negativa da religião no espaço público, assinalou o Arcebispo italiano, fere a coexistência pacífica e os sentimentos de “partes importantes da família humana”.
“A protecção do direito à liberdade religiosa é particularmente importante, uma vez que os valores religiosos são uma ponte para os direitos humanos. A dignidade humana, de facto, está enraizada na união das componentes espiritual e material da pessoa”, indicou D. Silvano Tomasi.
A Santa Sé considera que “um bom caminho para a coexistência pacífica seria uma atitude mais positiva em relação às religiões e culturas, e, por conseguinte, através de um melhor diálogo entre as diferentes crenças, da promoção sincera do direito à liberdade de religião em todos os seus aspectos”.