Santa Sé/China: Foi ordenado o bispo da nova Diocese de Weifang, nomeado pelo Papa

D. Anthony Sun Wenjun tem cerca de seis mil católicos, 10 sacerdotes e seis religiosas

Cidade do Vaticano, 29 jan 2024 (Ecclesia) – O Vaticano informou que, neste dia 29 de janeiro, foi criada uma nova diocese na China – a Diocese de Weifang -, e ordenado o seu primeiro bispo, duas decisões do Papa Francisco, de abril de 2023.

O comunicado da Sala de Imprensa da Sala Sé explica que o anúncio público da criação da nova diocese chinesa e a nomeação do seu primeiro bispo foram feitos esta segunda-feira, dia da ordenação do bispo eleito por Francisco, mas foram tomadas a 20 de baril de 2023.

“No desejo de promover o cuidado pastoral do rebanho do Senhor e de atender de forma mais eficaz ao seu bem espiritual, na data de 20 de abril de 2023, o Sumo Pontífice Francisco decidiu suprimir na China continental a Prefeitura Apostólica de Yiduxian, erigida em 16 de junho de 1931, pelo Papa Pio XI, desmembrando o território do Vicariato Apostólico de Zhifu (hoje Diocese de Yantai), e ao mesmo tempo erigir a nova Diocese de Weifang, sufragânea de Jinan, Província de Shandong, com sede episcopal na igreja catedral de Cristo Rei, localizada em Quingzhou, cidade de Weifang”, lê-se na Sala de Imprensa da Santa Sé.

A criação de uma nova diocese e a nomeação do seu bispo, pelo Papa, realizaram-se no âmbito do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China.

Francisco nomeou o padre Anthony Sun Wenjun como bispo da Diocese de Weifang; nasceu em novembro de 1970, estudou no Seminário de Sheshan, em Xangai, de 1989 a 1994, e foi ordenado sacerdote em 1995, na Paróquia de Xishiku, em Pequim; prestou serviço pastoral em Shandong, de 2005 a 2007, e estudou na Irlanda, entre 2007 e 2008, regressando a Weifang.

A história da Diocese de Weifang, antiga Prefeitura Apostólica de Yiduxian desde 1931, está ligada à missão evangelizadora dos franciscanos franceses, e estava sem bispo, em “sede vacante”, desde 2008.

A nova Diocese de Weifang tem o mesmo território da capital Weifang, uma área total de 16.167,23 km2 e uma população de 9.386.705 habitantes, cerca de seis mil são católicos, assistidos por 10 sacerdotes e seis religiosas.

O bispo de Linyi, D. Giovanni Fang Xingyao, presidiu à solene consagração do novo bispo de Weifang, participaram da liturgia mais quatro bispos chineses, 44 sacerdotes e mais de 330 entre religiosos e fiéis leigos.

Um acordo provisório sobre a nomeação de bispos, foi assinado entre representantes da Santa Sé e da República Popular da China, a 22 de setembro de 2018, e entrou em vigor um mês depois, sendo renovado a cada dois anos, a validade do acordo foi prorrogada por mais dois anos em outubro de 2022.

As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé terminaram em 1951, após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram em Hong Kong, Macau e Taiwan.

Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé, a Associação Patriótica Chinesa – APC, e, em seguida, reconheceu formalmente a independência de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu após a expulsão da China.

A APC seria criada em 1957 para evitar “interferências estrangeiras”, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade direta do Papa.

CB

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Agência ECCLESIA

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