Cardeal Jean-Louis Tauran defende empenho comum contra a violência e o fundamentalismo
A Santa Sé considera que é necessário um clima de “maior liberdade” no Oriente e mais “solidariedade entre as diversas religiões”.
A posição foi assumida pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso.
Em entrevista ao jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, o Cardeal francês deixou votos de que se possa construir uma sociedade “pacificada e pacífica” no Médio e Extremo Oriente, onde todos “possam viver uns ao lado dos outros”.
A este respeito, D. Jean-Louis Tauran pediu que os líderes religiosos superem os desafios do “relativismo” e do “fundamentalismo”, assumindo que a violência não pode ter “inspiração religiosa”.
“Em muitos, senão em todos os casos de violência” ligada à religião, observa, “há desígnios políticos; está em jogo uma dimensão religiosa, mas não é ela que determina as causas da violência”.
Por outro lado, este responsável admitiu que “sempre que um crente é morto, é como se tivéssemos de começar tudo de novo”.
Regressando de uma viagem à Tailândia, o Cardeal Tauran falou ao “Osservatore Romano” sobre a delicada situação da Igreja Católica na Ásia, em especial nos locais onde nasceu o Cristianismo.
“A Terra Santa, até pela presença das três religiões monoteístas, deveria ser um verdadeiro laboratório para o diálogo”, aponta.