Santa Maria da Feira recria últimos dias da vida de Jesus

Semana Santa atrai milhares de visitantes à cidade Dando continuidade a uma longa tradição, a Semana Santa em Santa Maria da Feira vai celebrar-se na rua, com o povo e para o povo. Segundo um comunicado do Gabinete de Comunicação da Câmara local, enviado à Agência ECCLESIA, milhares de pessoas deverão seguir, a par e passo, as encenações do Grupo Gólgota, criadas expressamente para a cidade feirense e que envolvem a participação de dezenas de actores e centenas de figurantes. Outro ponto alto do programa é a Procissão do Triunfo das Endoenças (Quinta-Feira Santa), realizada pela Santa Casa da Misericórdia local. “A tradição mantém-se tal como foi criada, facto que contribui para que este género de turismo religioso, com fortes marcas de intervenção social, atraia a Santa Maria da Feira muita gente, não só da cidade, como das mais diversas e longínquas localidades”, explica o missionário passionista João Bezerra, autor dos textos das encenações da Semana Santa. Programa No Dia de Ramos (1 de Abril, 15h00), as atenções estarão viradas para os mais novos. A par de dezenas de actores, centenas de crianças e jovens animam o percurso, desde a Igreja Matriz até ao Seminário dos Passionistas, recriando a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém e na Cidade Humana, sempre acompanhados por uma multidão que acena a Jesus com ramos de oliveira. “Esta encenação corresponde à vontade expressa pelo saudoso Papa João Paulo II, que queria ver na rua todas as pessoas, principalmente os mais jovens, aclamando a Cristo o Salvador”, sublinha o padre João Bezerra. Aqui são encenados cinco quadros, de uma forma muito realista e interventiva em termos religiosos, culturais e sociais. “É impressionante o dinamismo vivido e sentido por quem comparece a este evento”, acrescenta. A Sexta-Feira Santa (6 de Abril, 21h00) é marcada pela realização da Via-Sacra ao Vivo, independentemente das condições climatéricas. Desde o Largo do Tribunal até ao Castelo, o povo acompanha os diversos quadros, mostrando-se sensível aos valores e princípios evidenciados. “É uma encenação marcada por uma forte intervenção social, de denúncia da injustiça, do compadrio e do abuso do poder – seja ele civil ou religioso -, factores que ditaram a morte injusta de Jesus de Nazaré e que, nos dias de hoje, continuam a vitimar tantos e tantos inocentes”, salienta o missionário passionista. A Semana Santa de Santa Maria da Feira conta com a participação do Grupo Gólgota, juntamente com a Câmara Municipal, a Feira Viva e Santa Casa da Misericórdia.

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